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sábado, 13 de abril de 2013

O Destino em Nossas Mãos, por Jaime Benchimol

O texto abaixo foi escrito por Jaime Benchimol, que não precisa de apresentação. Economista, empresário, professor da UFAM por muitos anos; onde tive a honra de ter sido seu aluno, e com quem aprendi muito, principalmente sobre microeconomia e economia monetária, que na época tinha o nome de moedas e bancos. O Jaime Benchimol, filho do respeitado professor Samuel Benchimol, é uma das cabeças mais brilhantes do Amazonas. 
Quando fui seu aluno no início dos anos 80, já era uma cabeça brilhante, e com o passar do tempo ficou mais brilhante ainda, principalmente quando está suado e debaixo de uma lâmpada. Brincadeiras a parte, porque o assunto é sério. Pedi permissão dele para publicar o texto abaixo, lido durante a cerimônia do prêmio Grandes Amazônidas, conferido a ele pela Associação PanAmazônia. "Em 2010, a Associação Panamazônia criou a Medalha Grandes Amazônidas para enaltercer personalidades que desenvolvem a região na área econômica, social, cultural, na ciência e na tecnologia". 
Eu gostaria muito de comentar alguns pontos mencionados pelo Jaime, mas percebi que o post ficaria muito longo. Vou fazer isso no próximo  post, pois há coisas  abordadas no texto que são músicas nos meus ouvidos. O Jaime Benchimol é um estudioso do modelo Zona Franca de Manaus, sendo autor de uma das primeiras teses de mestrado escrito sobre o assunto na Walter A. Haas School of Business da University of California, Berkeley.

"O Destino em Nossas Mãos" 

Agradeço a Associação PanAmazônia pela homenagem que recebi hoje ao ser indicado para a IV Edição do Prêmio Grandes Amazônidas  (18/03/2013)
Fico honrado pela lembrança do meu nome pela Associação PanAmazônia. Orgulha-me participar de um grupo tão seleto e com tantas contribuições nas áreas da cultura, da academia e do empresariado.

Como sei que estou sendo lembrado como empresário, desejo compartilhar essa distinção com todos os dirigentes, sócios e colaboradores da Bemol e da Fogás

No meu trajeto de Amazônida tenho me dedicado a compreender a região como estudante, professor e especialmente como empresário. Nessa capacidade nossas empresas tem buscado desenvolver estratégias específicas para prosperar na região, respeitando a sua grandeza, criando oportunidades para a sua gente, pagando impostos aos seus governos, atuando com responsabilidade e respeito junto aos nossos Clientes e as comunidades que servimos.

Ao longo dos últimos 45 anos de prosperidade da ZFM reconheço que a região avançou dramaticamente beneficiando a milhões de amazonenses e a milhares de empresas, dentre as quais as nossas. Ao mesmo tempo reconheço que nos tornamos vulneráveis por continuarmos alicerçados no modelo do PIM, sujeito a instabilidades regulatórias, burocracia excessiva e a choques externos advindos principalmente de mudanças e avanços tecnológicos que nos colocam continuamente na incômoda posição de dependente da união, de seus subsídios e isenções.
Penso que é hora de tomarmos o nosso destino em nossas próprias mãos...

Hoje já temos orçamentos bilionários (o estado do Amazonas arrecada US$2.000 per capita, valor equivalente a arrecadação per capita do estado Califórnia, um dos mais ricos dos EUA) e se gerirmos esses recursos com eficiência podemos assumir o nosso destino, preservando a ZFM, mas ao mesmo tempo criando alternativas econômicas convergentes com as nossas vocações estratégicas. 

Embora já tenhamos feito algum progresso em áreas promissoras há ainda muito mais a fazer nos setores econômicos que relaciono resumidamente a seguir:

Na área de mineração além de óleo e gás temos grande potencial em potássio, calcário, ouro e muitos outros minérios.

Há desafios e grandes oportunidade na indústria naval, na piscicultura, em essências e fragrâncias,  na bio-genética para produção de fármacos e fitoterápicos. Nas culturas como pimenta, cupuaçu, abacaxi, mamão que são apropriadas e adaptadas ao nosso clima e ecossistema, produzimos as variedades mais saborosas que conheço.

Precisamos com urgência de portos modernos tanto para carga como para passageiros, e tanto em Manaus quanto nos municípios do interior que nos permitam desabrochar o pleno potencial de transporte da região. Atualmente, por exemplo, apenas no município de Manaus é possível manusear containers com alguma eficiência.

Ha ainda oportunidade na indústria de Call centers e telesserviços que empregam no Brasil mais de um milhão de pessoas em telemarketing, pesquisas de mercado, serviços de cobrança, monitoramento remoto de segurança etc para aos quais a distância amazônica pode ser superada a baixo custo com as tecnologias atuais.

Gostaria porém de enfatizar as oportunidades de agregação de valor na indústria do turismo. Precisamos de mais do que o Teatro Amazonas, o Encontro das Águas e o Boi-Bumbá. Já que - acertadamente - abrimos mão de usar boa parte dos recursos da nossa natureza, devemos buscar exibi-los através de museus que façam justiça a nossa riqueza nas áreas de ciências naturais e de cultura indígena. Precisamos de jardim botânico, aquário, orquidário, zoológico, parques ecológicos com teleféricos para visualização da vegetação e dos animais nas copas das árvores etc. Podemos ainda atrair eventos nacionais e internacionais de pesca, remo, canoagem, motonáutica, esqui aquático, ciclismo, rallyes e corridas off-road, triatlon, rapel, tirolesa, safaris fotográficos de animais, de pássaros, de insetos, de flores e de plantas. As iniciativas nesse sentido do INPA, MUSA e CIGS são esforços louváveis na direção certa, mas são ainda tímidos, diante do profissionalismo com que essas atividades são tratadas no mundo atual. Apenas como exemplo, visitei recentemente em Cingapura (que tem a mesma latitude do Amazonas e vegetação muito similar) o maior, mais sofisticado e espetacular Jardim Botânico que eu conheço. Um investimento de US$800 milhões capaz de atrair turistas e obrigá-los a estender em pelo menos um dia a visita aquele país.

Essas indústrias podem - em uma ou duas décadas - diversificar a nossa base econômica e dar novo e sustentável ímpeto ao nosso crescimento, livre das atuais dependências da união e em harmonia com as nossas mais verdadeiras vocações.

Temos, ao mesmo tempo, que nos reconciliar com as virtudes do capitalismo, da empresa privada, da livre iniciativa e da liberdade de escolha. Essas instituições formam o dínamo que impulsiona a inovação, a competição e o crescimento econômico. Precisaremos de investidores privados para empreender a maior parte das sugestões acima.

É necessário aproveitar nossos melhores anos de arrecadação, de entusiasmo empresarial e de interesse mundial para com o Brasil e com a Amazônia para conquistarmos a autonomia sobre o nosso futuro. 

Muito Obrigado.
Jaime Benchimol

domingo, 7 de abril de 2013

7 de abril de 1972

Hoje o  Colégio Militar de Manaus faz 41 anos de inauguração, o texto abaixo foi publicado há dois anos. Foi editado para o dia 7.4.2013.

O Decreto

Hoje, 7 de abril de 2013, o Colégio Militar de Manaus faz 39 anos de fundação. Ninguém nasce no dia que é gerado, o mesmo acontece com o CMM - que como muito bem informa o seu site, - foi "Criado no governo do Presidente Emílio Garrastazu Médici, pelo decreto-lei nº 68.996, de 02 de agosto de 1971, o Colégio Militar de Manaus (CMM) inaugurou (o negrito é meu) suas atividades em 07 de abril de 1972, tendo como idealizador e primeiro comandante o Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, sendo o oitavo CM fundado no Brasil." Exatamente. Sou testemunha ocular e ativa do evento. Veja se você consegue me localizar na foto abaixo.

No texto original escrevi:  Diferente desta quinta-feira que choveu muito em Manaus, naquela sexta-feira, 7 de abril de 1972 fez uma manhã ensolarada.

A Localização

O papai chegou em casa, chamou o Geraldo, meu irmão, e disse: “Ensina matemática para o Cláudio e o Thomaz que eles vão fazer exame para o Colégio Militar, que vai funcionar lá no 27.”
O 27º Batalhão de Caçadores era um quartel localizado no General Osório. Era desta forma que a população chamava a guarnição militar localizada no centro de Manaus: 27 ou General Osório. Na realidade, o 27º BC funcionou no prédio até 1961. Depois, até 1969, foi o Quartel General de Grupamento de Elementos de Fronteira.

"As instalações ocupadas [pelo CMM] desde a sua criação, cuja construção data de 1863, já foi sede das seguintes Organizações Militares: 1º Grupo de Artilharia de Posição (1863 até 1915); 45º Batalhão de Caçadores (1915 até 1919); 27º Batalhão de Caçadores (1919 até 1961); Quartel-General do Grupamento de Elementos de Fronteira (1961 até 1969); e o Comando Militar da Amazônia (1969 até 1971)."

Localizado à rua José Clemente, nos limites do bairro de Aparecida com início do centro de Manaus, o prédio do CMM ocupa um quarteirão inteiro, sendo circundado pela rua Dez de Julho, nos fundos, pela av. Epaminondas a sua esquerda e pela rua Luís Antony a sua direita. A sua frente, separado pela rua José Clemente, encontra-se o campo de futebol e pista de atletismo - onde mais tarde também foi construído o ginásio esportivo coberto e a piscina semiolímpica - fazendo limite com o colégio salesiano Dom Bosco. Neste campo era realizado todos os anos, no mês de junho, o Festival Folclórico do Amazonas. Sendo transferido para a "bola"da Suframa, com a criação do Colégio.

O Concurso e as Fotos

Trinta e tantos anos depois, após uma missa com parentes em comum, o sargento João Dantas Cyrino, primeiro administrador de Iranduba - braço direito do Teixeirão, que para onde quer que fosse o levava junto, inclusive para Prefeitura de Manaus e para o governo de Rondônia - me contou como foi a nossa inscrição para o concurso. O papai nos inscreveu no pagar das luzes, nos 45 minutos do segundo tempo. Ele trabalhava na rua José Clemente, na Delegacia Federal de Saúde, e morávamos no bairro de Aparecida, e por isso ia a pé para o trabalho. Passando na frente do Colégio, ao saber do concurso, entrou para fazer a nossa inscrição. Aí não havia mais tempo, nem fotos, mas o sgt. Cyrino, nosso vizinho, providenciou duas fotos 3x4 de dois sujeitos.

Fizemos o concurso e fomos aprovados. Eu por mais de trinta anos acreditei que o tinha ficado no penúltimo lugar e o Thomaz (Queiroz, no Colégio) tinha ficado no último. Essa ideia se desfez quando fui informado (e comprovado) que a lista dos aprovados não era por classificação, mas pelo número de inscrição. No ano seguinte, o Thomaz seria tenente-aluno. E quarenta anos depois superintendente da Suframa e secretário de Planejamento, Ciência e Tecnologia do Amazonas.
Era o ano de 1971 e ambos fazíamos a 5a série do primário no Colégio Nossa Senhora Aparecida. Assim, em 1972, eu me tornei o 319, tendo Cláudio como nome de guerra, e o Thomaz, daquela data em diante virou o 318 ou Queiroz. Ambos iríamos para o primeiro ano do ginásio, mas fomos para a 5a série do primeiro grau. De novo a mesma série ? Sim. Teve uma reforma escolar naquele ano que passou a quinta série do primário para o ginásio, ou quinta série do primeiro grau (hoje fundamental).

Queiroz é o nosso sobrenome materno, mas não raro, o papai chegava em casa dizendo que nas reuniões de pais e mestres no Colégio, ele era chamado de seo Queiroz.
Eu passei graças aos meus conhecimentos em português, matemática e história, e mais uma ajudinha indireta na prova de geografia. Um conhecido sujeito do CMM, capitão na época, fez uma revisão básica, na hora da prova, com o aluno sentado a minha frente, só para ver se o sujeito se lembrava do que havia estudado. Lembro-me muito bem, ele sentado na ponta de um piano que tinha na sala, e eu logo atrás na outra. Graças ao vento a favor, as respostas chegaram até os meus ouvidos. Isso é o que eu chamo de estar no lugar certo, no momento certo. As provas foram realizadas no Colégio Benjamin Constant, na av. Ramos Ferreira. Na ocasião o Benjamin Constant, nome muito apropriado para o local de um exame de seleção para uma escola militar, pertencia a uma congregação religiosa de freiras.

A Inauguração

Em fevereiro de 1972 aprendemos as primeiras noções da hierarquia militar, além da ordem unida para aprendermos a marchar e os comandos quando em forma; como esquerda, direita volver, sentido, descansar, apresentar armas, etc. Em março teve o início das aulas, e no dia 7 de abril de 1972, o grande dia, a formatura de inauguração, o nascimento do Colégio Militar de Manaus. A cerimônia ocorreu na frente do Colégio, na rua José Clemente, com a presença de autoridades
militares, civis e eclesiáticas; presente também uma grande multidão. Garbosamente “desfilamos”  no sentido anti-horário, pelas ruas em torno do prédio. Foi um dia para ficar para história de Manaus, do Amazonas e de cada um de nós. Eu tinha acabado de fazer 13 anos e o Queiroz 12. Éramos todos jovens, entre 11 e 17 anos, distribuídos das turmas da 5a série do primeiro grau (hoje fundamental) ou antiga primeira série ginasial, até a 1a série do segundo grau ou colegial (hoje ensino médio). O CMM tinha a seguinte estrutura: O CA, Corpo de Alunos, comandado pelo major Schmidlin, a 1a CIA, constituída pelos alunos internos, comandada pelo capitão Silva Maia, a 2a ….

Reminiscências

O fato de ainda estarmos vivos quarenta e um anos depois é uma benção. Mas ainda estão vivos alguns professores que em 1972 já era coronéis; portanto. Esse ano (2011) troquei emails com o meu professor de francês daquela época, Altino Berthier Brasil. Coronel Berthier já passou dos 90 e tantos anos. Ele veio meio que a contra gosto para Amazônia, e daqui saiu apaixonado, sendo autor de várias obras sobre a região. Atualmente mora em Porto Alegre. Outros dois militares (apenas para mencionar alguns) que viram o CMM nascer e ainda estão vivos são o Coronel Paulo Viana Mendonça (faleceu em 2011) e o Sargento Cyrino, ambos já passando dos oitenta anos. Mas que ainda têm boas memórias para recordar fatos da construção do Colégio.
O Sgt. Cyrino colocou a minha disposição uma grande quantidade de informações e de fotos. O coronel Mendonça é meu vizinho; de vez em quando recordamos o nosso tempo de Colégio.  O Coronel Mendonça é conhecido de todos Pioneiros. Todos nós lembramos da boletim lido diariamente. Nele a Quarta Parte chamava-se "Justiça e Disciplina". Onde era lido a ordem do dia, elogios e punições. Era ele quem assinava.
Recentemente, ganhei um vizinho novo, o coronel Pedro Ihara Hiroshi, o 313, engenheiro químico pelo IME, e colega quatro turmas, iniciando na A3, em 1972, até a D2 na 8a série. No segundo grau nos separamos; ele foi pra EsPCex, Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Eu me recordo o Cel. Berthier lhe perguntando: “ Você fala japonês ? Um emprego em São Paulo para quem fala japonês paga até sete milhões”. Depois de trinta anos nos reencontramos. Somos vizinhos. O 313 acabou de ir para a reserva, e está devendo o churrasco da casa nova.
Mas há um professor que nenhum de nós esquecemos, e que a medida que íamos subindo de ano, ele nos acompanhava, era o Tenente Coronel (inicialmente) Renato Cézar Ferreira, o Renatinho. Nosso professor de português, um senhor sério, altamente parcial, cheio de preferências; ele tinha os peixes dele. Baixo e gordo, e com um cacoete constante: levava o ombro direito até o rosto, inclinando ligeiramente a cabeça para o lado, para poder fazer o encontro entre ombro e rosto, e esfregava ligeiramente e repetidamente um contra o outro, simultaneamente, segurava o cós da calça e a puxava para cima, porque esta insistia e em descer empurrada pelo peso da barriga. Descrever psicologicamente o cel. Renato requereria algumas páginas. Com ele as nossas avaliações, três, eram sempre as mesmas: redação, leitura e gramática. As minhas notas de leitura e de redação por seis anos, também, eram sempre as mesmas, porque eram notas subjetivas. Mas a de gramática, porque tinha um gabarito, não. A prova de leitura era feita em alto e bom tom, para todos ouvirem, e sempre de surpresa em algum dia do mês. Nunca sabíamos quando seríamos chamados a ficar de pé e ler determinado texto. Fazíamos constantemente redações sobre qualquer tema. Em certa ocasião, nos foi pedido para escrevermos sobre a comida dos astronautas. Não importava se sabíamos ou não o que os astronautas comiam, isso não era o caso. O importante é que o texto tivesse coerência, começo (introdução), meio (que ele chamava de desenvolvimento) e conclusão. No primeiro dia de aula, todos os anos, era a mesma coisa, tínhamos de escrever um texto sobre as nossas vidas de estudante indo lá no início da alfabetização. Cada um de nós tinha uma ficha, com a qual ele relatava o nosso desempenho como estudantes para os nossos pais. Ele escrevia e os pais davam o ciente. Em certa ocasião ele me perguntou:
- 319, cadê a sua ficha (ele jamais me chamou pelo nome) ?
- Não trusse, respondi.
- O que foi que você disse?
- Esqueci.
- Não. Use aquele outro verbo.
- Não trouxe, consertei.
Aluno 319
Ele tinha uma frase famosa: “Cabelo branco não é pó de giz.” Repetia essa frase todos os dias, sempre que respondíamos: Qui é ? Ao invés de: Senhor, quando ele nos chamava. Tinha uma outra expressão também: “Entrou pela janela”, dita ao aluno que entrou no Colégio sem passar pelo concurso de admissão e não era filho de militar. Se fosse dito ao TC Renato - que partiu junto com a esposa, em triste acidente na serra a caminho de Petrópolis – que o 319 pretendia escrever um livro sobre o CMM, ele diria que aquilo era uma brincadeira de mal gosto. Quando fazíamos redações muito longas, ele reclamava: “Quem muito escreve, muito erra.” Coitado do Renatinho, posso escrever o que quiser sobre ele, que ele não pode se defender. Isso é sacanagem! Que Deus o tenha.

Os Pioneiros

São muitas histórias que podem ser contadas por cada um dos Pioneiros. Tem aquela do “tronco” no CFR; aquela outra do Vilarim dizendo ao coronel Renato que ele era injustiçado; tem a da perna do Horácio Ramalho que virou carne assada ao passar por dentro de um círculo em chamas, numa demonstração de ginástica acrobática no campo de futebol; tem aquela da batalha campal na praça do Congresso, em que o Luizão Sampaio, 1,90 m, 200 kg, levantou um cara pelo cabelo, e tem também aquela outra do..... Mas nenhum história do CMM na sua primeira década de existência está completa se não for citado a sua musa: Natália Sampaio.
Ao lado do Colégio, na esquina da rua José Clemente com a av. Epaminondas tinha o bar Natália, e ela era filha do dono. O interessante era que seus pais e seu irmão falavam português, e ela falava brasileiro. Estudava no Colégio Dom Bosco, bonita e muito simpática, sempre risonha. Natália, era objeto de desejo de 9 em cada 10 aluno. Em 2009 participou de um pequeno encontro de ex-alunos no Rio de Janeiro. Hoje vive em Lisboa. O Thomaz, indo a trabalho a Lisboa, já se encontrou com ela. Ela de declara embaixadora do Amazonas em Portugal.
Nos anos setenta, os militares não sabiam, mas nós éramos os donos do Colégio Militar de Manaus. O Colégio éramos nós, o Colégio era nosso. E assim que nos sentíamos até hoje: donos do CMM na década de setenta. Ele nos pertencia, aquela época está viva em nossas memórias. Mas acentuadamente nas dos alunos da 1a Cia, os internos, aqueles que moravam no Colégio (é óbvio !), cujo o lar era lá.
Depois de 30 anos,  alunos voltam a Manaus para o 35 anos do CMM
Em agosto de 2007 comemoramos o 35o aniversário do CMM. Naquele ano 7 de abril era sábado de aleluia. Eu, na data estava em Porto Alegre visitando parentes, jantei em Porto Alegre com outros Pioneiros, que não os via há mais de trinta anos, e que foram internos no CM. Estavam lá um coronel da primeira turma a concluir o Colégio, César Todeschini, já na reserva; os civis, Paulo Barbosa Ricardo da Trindade, Carlos Piccinini Schweder e Rubens da Cunha Barbosa Lima, e o capitão de mar e guerra, Mário Gomes Lemos. Todos ansiosos para voltar a Manaus depois de mais de trinta anos. E assim foi. Vieram de todo o Brasil, 53 ex-alunos que aqui viveram na década de setenta e nunca mais voltaram a cidade.
O encontro de 2007 ocorreu graças ao empenho de algumas pessoas, com destaque para Sidney Barros Alarcão. Residente no Rio de Janeiro, foi interno por dois anos (72 e 73), e em 2002 começou um email grupal, saindo caçando Pioneiros por todo o Brasil. Quando lançou a idéia do grande encontro, encontrou apoio, em Manaus, de Roberto Corrêa Dantas. Roberto é mais conhecido como cabo Dantas, porque na sua camisa de meia branca, que usávamos como segundo uniforme, trazia escrito no peito C. Dantas. A turma de Corrêa Dantas desde 1978 se encontra regularmente para um almoço de confratenização todo segundo sábado do mês de dezembro.

Para que o evento ocorresse, foram imprescendíveis as ajudas do então sub-comandante do Colégio, na época ainda tenente coronel, Elson Rangel Calazans (34, da minha turma) e do comandante coronel Said Brandão Sayd. Depois do encontro em Manaus em 2007, houveram outros: em Fortaleza, em 2008; Porto Alegre, em 2009; Brasília, em 2010, [Rio de Janeiro ou Salvador em 2011 e São Luis em 2012] onde compareceram vários civis e militares que estudaram e serviram no CM na década de setenta, e desde de então não mais colocaram os pés em Manaus. Além desses encontros outros menores têm acontecido, como em Belém e em outras cidades brasileiras. O e-leitor tem de ter em mente que a maioria dos internos eram filhos de não amazonenses, de militares de todo o Brasil, que aqui serviam na Amazônia; portanto, hoje há ex-alunos em várias cidades do país, que se reunem para lembrar da sua juventude nessa região. Esses encontros são feitos para rever amigos e contar “causos” e situações como as vividas durante o serviço militar ou CFR, Curso de Formação de Reservistas, feito por aqueles que estavam na idade de servir.

A Missão

O Colégio foi criado para dar um ensino de qualidade para os filhos de militares que serviam na Amazônia. Mas também estudavam filhos de civis, nós,os maternos, como os internos nos chamavam. O CMM tem cumprido o seu papel, sendo hoje “uma das melhores instituição de ensino a distância de todo o Brasil”, me disse em 2007, o então sub-comandante, o tenente coronel Calazans.
Em 2007, depois de exatos 30 anos sem nos vermos, um amigo comum me disse: "Deixa eu te apresentar o sub-comandante do CM, cel Calazans." Olhando para cara do sujeito apresentado, e para a surpresa do apresentador, eu disse: como é o nome desse filho da mãe ? E eu mesmo respondi: esse é Rangel, 34,  o voador, deve ter mudando de nome para enganar os credores. Conheço desde garoto. Foi uma excelente surpresa reencontrá-lo. A última vez que o havia visto foi na extinta boîte Papagaio na Ponta Negra, quando ainda era capitão e servia no CIGS.

Os Campeões
Desde do início o Colégio Militar inovou, tendo pela primeira vez em Manaus uma equipe de ginástica olímpica; e a prática de vários esportes de quadra, no seu então moderníssimo ginásio coberto. O Colégio sempre se destacou nos jogos estudantis amazonense, revalizando-se no basquete 
Time de nadadores do CMM
com o colégio Dom Bosco e no voleibol com a Escola Técnica Federal do Amazonas. Nas olímpiadas dos Colégios Militares sempre fizemos bonito com a nossa equipe de nadadores, que além do meu amigo Barbosa Lima, nos dois primeiros anos, e dos irmãos Ramalhos: Ricardo, Horácio e Eduardo Bianchi, tinha um dos mais premiados nadadores do Amazonas, ou talvez do norte-nordeste, Cézar Alex Moraes da Silveira,49. Alex no Colégio, Cezinha fora dele, Pequeno, 1,48 m, nadava como um peixe; grande amigo do CM e da Faculdade de Economia, que em 1983 tirou a própria vida.

Do CMM sairam além dos militares, profissionais em várias áreas; políticos de várias cores e matizes, secretários estaduais e municipais no Amazonas, e em outros estados; professores universitários, advogados, médicos, engenheiros, prefeito e superintendente da Suframa, mas sobretudo, saíram de lá cidadãos, pais de famílias (hoje tem também alunas), que dão a sua contribuição para nossa sociedade. Há ex-alunos que serviram na missão de paz no Haiti (MINUSTAH), como o capitão de mar e guerra, Manoel Ribeiro, primeiro comandante e coronel aluno do CMM em 1974; e o coronel (hoje general) Roberto Escoto, comandante e coronel aluno da nossa turma em 1978.

A qualidade do ensino é pública e notória, oferecendo uma das melhores relação benefício-custo entre as escolas existentes na cidade. Por esse motivo e outros motivos é que este ano, a relação de candidatos por vaga no exame de admissão era de 25 para 1.

Concluíndo

Esse texto já passou dos limites. E lembrando o que o tenente coronel Renato dizia, vou ter de parar por aqui.
Há um email grupal e uma homepage (http://br.groups.yahoo.com/group/ex-cmm/?yguid=206338373) com milhões de fotos onde compartilhamos idéias e ideais.

Há entre os ex-alunos algumas diferenças enormes no campo da ideologia e das preferências políticas, há quem deteste a Dilma e há admiradores de Lula. Há os que reverenciam Bolsanaro e criticam outros políticos, mas há sobretudo, um grande respeito as opiniões dos outros. Ninguém esconde ou nega suas preferências, mas o confronto é evitado. Já vivemos mais da metade de nossas vidas, já aprendemos que para quase 100% de nosotros, o que tinha de acontecer de excepcional já aconteceu, com raríssimas exceções; então o negócio é tocar a vida numa boa. Eu defendo a Dilma; o Antônio Carneiro prefere o Serra (e é fã de carterinha do Alckmin, que é da terra dele, Pindamonhangaba), escrevemos os nossos pontos de vista, e a vida continua, sobretudo a amizade. Tem padre (Raimundo Damásio, 38, professor universtário em Roma), tem pastor ( Cel. PM Cristovão Sampaio, 501). Já fizemos até um culto ecumênico. Tem até Pai-de-Santo. Somos ainda muitos jovens, mas já começamos a curtir nossas vidas passadas, e apreservar as boas amizades.

Vamos nos preparar para a grande festa dos 45 anos do CMM, em 7 de abril de 2017. Alô Corrêa Dantas, vamos formar a comissão préparatória.

(Lembre-se o texto original foi escrito em 2011)
Tenham todos uma feliz e abençoada Páscoa, e quem estiver carregado de pecados, já meio torto pelo peso deles, aproveite a Semana Santa que se aproxima ( não coma carne e nem bacalhau só porque é peixe ) para pedir perdão e se arrepender das traquinagens cometidas.

Cláudio Nogueira

PS1. Acréscimo do texto revisado: Outros Nogueiras, bem mais jovens do que nós passaram pelo Colégio, Daniel, Luciana, Isabela. Esse ano entrou no CM mais uma sobrinha Maria Gabriela Nogueira Belasque.

PS2. Acréscimo ao texto revisado: No dia 22 de março de 2013 foi postado no texto original:

39 anos do CMM http://nogueiraclaudio.blogspot.ca/2011/04/39-anos-do-cmm.html

o seguinte comentário (há mais alguns outros): " Milton Córdova Júnior, Aluno 1447 (filho do "Cachorrão", o Cel Córdova, nosso professor de Matematica) se apresentando!"  É claro que lembramos que os caninos são sempre bons amigos.

Veja também : 
Colégio Militar de Manaus completa 40 anos: http://www.d24am.com/noticias/amazonas/colegio-militar-de-manaus-completa-40-anos/55011

Para finalizar agradeço a Deus por esses 41 anos e pelas amizades que perduram até hoje. Peço a Deus por todos aqueles que já nos deixaram. E finalmente, gostaria de lembrar alguns nomes, começando por aqueles que comigo ( CLÁUDIO
Lúcio Queiroz Nogueira, 319) estudaram, seguido por outros que compartilharam conosco essa experiência: Thomaz Afonso QUEIROZ Nogueira (tenente aluno em 1973), 318; Nilton BARBOSA Filho,837,(tenente-coronel aluno em 1978); Carlos Túlio dos Santos DEMASI,309; Jussi Soares CALOBA, 802; MOÍSES dos Santos,57; Marcos Pinto da COSTA LIMA, 337; Alfredo  Jorge Mendes JOVEM,299;Carlos Alonso ALENCAR Queiroz ,456; Daniel Israel do AMARAL,310; José SANTOS, 320; Sérgio Augusto MORAES, 286; DIÓGENES Moraes e Silva,75; Geraldo Salles CHÃ Filho,308; DOURIVAL Pereira dos Santos,902; Aldemiro REZENDE Dantas Jr. (também oficial aluno), 312;VALDER dos Santos, 63; Jorge Luis de Souza GENNARI, 996;  Francisco RODRIGUES dos Santos Neto, 62; Marco Antônio AVELINO, 304;Antônio Jorge PORTELA Marques Ribeiro,306; ROGÉRIO Menezes Franco de Sá, 999; EDILSON Carvalho, 78; Oswaldo TENNYSON Júnior (tenente aluno em 1973), 302; João CLEITON Fontoura Blós,646; Sidney TERTULIANO, 1447; PAULO Botocudo, 315; Raimundo SENA, 314; NELSON Costa,1413; Rogério TODESCHINI, 655; FLORINEY Casas, 824; Paulo Ayrton LINHARES, 61; José Augusto LIZARDO, 96; ABEDENEGO Souza Lima Filho, 230; Mário César PERES de Freitas, 67;  Augusto LOTT Rodrigues Colás Amaral (esses dois últimos oficiais da Marinha Mercante), 14; Fernando Nunes da FROTA, 300; Francisco José de Souza VENTILARI, 10; RAIMUNDO Pequeno, 290; SANDOVAL Fernando Cardoso de Freitas,1216; Geraldo Nery, 251; EMÍLIO Pereira da Silva Neto, 706; Carlos AUGUSTO Santos Moraes , 287; Geraldo NAZARENO de Moraes e Silva, 843; FADOUL Alves, 81;Milton CÓRDOVA Júnior,1447; Antônio ARTARXERXES de Sá Ferreira; João EVANGELISTA,307; Bepi SARTO Neves Cyrino, 36; João Alves da SILVA JÚNIOR, 224; José Raimundo LEITE LEÃO, 174; José APARÍCIO,86; JOSÉ LUÍS de Moraes Silva,97; SÍLVIO Gomes, 609;  Paulo César de MORAES SILVA, 118; José Augusto SANTOS MORAES, 795; AGNOR Aparício dos Santos, 275; AGUINALDO Ribeiro, 205;  CARLOS Eduardo Bittencourt, 105; JAIR, 617; Cézar ALEX da Silveira, 49; José “Caxias” FERNANDES, 204; Os militares, hoje todos coronéis do Exército: Elson RANGEL Calazans,34; Roberto ESCOTO, 1161(coronel aluno de 1978 - general);Lúcio EBLING, 121; Raul Augusto de Mendonça BORGES, 695; Pedro Ihara HIROSHI, 313; AMILTON Santos, 208;Benjamin Acioli RONDON do Nascimento, 311; JURANDIR Nascimento da Silva, 627 (tenente aluno 1974); Mário Ferreira VILLAÇA Neto, 1629; José Cristovão Guedes VILARIM, 33; José Vicente da SILVA JÚNIOR, 435; Josemar CARNEIRO Araújo, 71; e o coronel PM CRISTOVÃO Sampaio, 501.

Roberto CORRÊA DANTAS, 487 ANTÔNIO Freitas, 329, AGOSTINHO de Oliveira Freitas Junior,328,padre DAMÁSIO Raimundo Santos de Medeiros,38; ; Sidney Barros de ALARCÃO,194; Carlos Piccinini SCHWEDER, 148; João GUILHERME de Moraes Silva, 844; João de Amorim LITAIFF Júnior, 399; TRAJANO Amorim Litaiff,398; ANFRIMAR Nunes, 578; Sérgio JOIA de Figueiredo da Costa,398; EMMANUEL Medeiros, 130; Marco Lúcio SOUTO MAIOR; Rubens da Cunha BARBOSA LIMA,104; MANOEL RIBEIRO da Costa, 423; Helton MIRANDA, 254; Horácio Castro de RAMALHO, 53; Afonso Celso Brandão NINA, 343; George TARSO, Cláudio BARROS Gomes, 439; Marco Antônio BARSOTTELLI Botelho,582; Eduardo BIACHI Ramalho, 54; Roberto CARRERA,157; Nizardo CHAGAS FILHO, 525; Mauro Cézar Gama PERES, 508; José Luiz de SIQUEIRA e Silva,336; Cézar TODESCHINI, 218;  Paulo Barbosa Ricardo da TRINDADE, 213; Roberto ABECASSIS, 210; Antônio Carlos Fonseca VINADÉ, 491; AQUILES da Conceição Silva Dias; Paulo AROUCK; Jéferson GARCIA Guterrez,222, GÉRSON Garcia Guterrez, 223; Alfredo Augusto T. do Couto VALLE Júnior, 416; GILTON Almeida Silva, 189; Abelardo O. GUERRA Jr, 225; Érlon Garcia GUTERREZ 486; Emerson HOFFMAN, 240; Evandro IMBIRIBA, 378; Adnar LEAL, 250; Wally Nobre MESQUITA; Altervir RESENDE, 151; RICARDO Castro de Ramalho,55; Gilberto SALUSTIANO Moraes e Silva, 74; Raimundo Afonso SEABRA da Silva, RUDIMAR Lima de Oliveira,238; Celso CAITETE; Wilson PRADO,485; ANDRÉ Luís Martins Rodrigues,43; CÉSAR Augusto Bonetti LOUREIRO,367; Ricardo BARAUNA; Robeto CHAGAS NETO; Marcos Gomes LEMOS; MARCO AURÉLIO Sousa Lima; Jorge PONTES; MARCO ANTÔNIO Gonçalves,210; Carlos Frederico Affonso SAMPAIO,160; ADALBERTO Corrêa de Almeida,262; Rubens BOTELHO da Silva,666; HÉLVIO Feitosa,191; Carlos César LYRA Guerra,226; Paulo TASHIRO,156; Flávio CARNEIRO; Gilson BRUM; Roberto BUBNIAK; Marcos Antônio Costa CAVALCANTI; Adalberto COSTA E SILVA; Jorge COUTINHO; HÉLIO Barbosa,203; JOÃO ALBERTO Ferreira, 612; Luiz Carlos de Liz KOCHE,631; LÚCIO FLÁVIO Arantes Esteves,492; Roberto George Freitas de NORONHA, 219; Nilton de SOUZA E SILVA; Murilo SUANO,330; Sebastião VITALINO da Silva; WALDEMAR Lopes,473; Lauro Luiz Schubach PASTOR Almeida,182; ÁLVARO da Cunha Barbosa, 103; José Carlos BENVENUTTI,278; MARCONI Duarte da Silva, Luciano PORTO Lima,193; Walter Antônio Pereira BOEGER,617; João Osorio Muniz RETAMAL, Emilio BELAMARIK; Marcos Antônio DUARTE; Elirez Bezerra da Silva, 142; GODOY Coutinho, 117; José HASHIGUSHI de Brito; HAYDEN; HÉLCIO Augusto,469; HUMBERTO Batista Leal; MARCO ANTÔNIO de Souza Lima; Rogério MEIRELLES,214; Roberto NAIMAIER Duarte,198; Rubens PEREIRA,616; Sérgio Luis TEIXEIRA GOMES, 661; ULISSES Dias; Joaquim Pedro Naimaier DUARTE, 199; Nélson SCHWEDER JR,147; Paulo José LIMA ROCHA,215; NELSON Luiz Carneiro Correia, 196; Júlio Cesar Barreto MOREIRA, 691; Mário do Nascimento GOMES; Cassiano TAVARES; Vanderlei MARQUES; Celso MELLO JR, 331; Julio Cesar Barreto MOREIRA,691; OLDEMAR Almeida Silva, 188; João Inácio Manato PAGANI, ROGÉRIO de Jesus,438; Ludgero SALAU; Nilton de SOUZA E SILVA; José Murilo Ferraz SUANO,330; Marcelo José Ferraz SUANO,1564.

Com a patente de 1972: Cel. Jorge TEIXEIRA de Oliveira, Major Francisco SCHIMDLIN de Castro, Sgt. Ismael KURTZ, Cap. Paulo da SILVA MAIA, Sgt. Sebastião NATALINO Vicente, Sgt. JAIR Ferreira Pedra, Sgt. Geraldo Augusto CHAPINOTTO, Sgt. Otávio ROSSETI, Sgt. Neiva, Cap. Domingos Carlos Sá NOVAES, capitão Jorge ANDRADE Filho, capitão LÁZARO Amorim Soares, Major Nunes, Cap. Francisco BARCELOS (Chicão), prof. José ROCHA (Rochinha), prof. José AMAZONAS Ramos de Lima, T.Cel. Hélio CASIMIRO, Cap. Gustavo FREGAPANI, Cap. Carlos Breno CELESTINO, T.Cel RODOLPHO Freitas Filho, prof. Enéas, Cap. Jaime CRESPO Filho, T.Cel Renato Cézar Ferreira, Cel. Leonardo JAEGER, Sub-tenente KLÉBER Silvério, Sub-tenente Viegas, Major Paulo MENDONÇA Viana, Ten. José VIDAL Bezerra, Cap. RAMIRO Mello Filho; prof. Alberto Makarem, TCel Oswaldo GISSONI, prof. Reinaldo BARBALHO, prof. Josias Figueiredo; prof. Francisco das Chagas de Albuquerque, prof. Evanir Barroso; prof. Eber Soares Leão, prof. Cleômenes do Carmo Chaves, prof. Adroaldo Rosseti,prof. Ernando Marques, prof. Ayssor Mourão, Sgt. João Dantas Cyrino, prof. Eduardo Riker, Cap. Arnaldo Natividade FLEURY Curado, Cap. Estevão Alves CORRÊA NETO, profa. Helena Soares da Cruz, Cap. Luiz Felipe FRAGOSO de Albuquerque,Sgt. Primo FANELLI e Sgt. PAULO Farias.


Retirado do livro "7 de abril de 1972"