Quando estava, em fevereiro, surfando por alguns jornais, encontrei no site do New York Times, um comentário sobre um livro recém lançado nos States : Tiger, Tiger de Margaux Fragoso, professora universitária, PhD em escrita criativa, que usou seus conhecimentos teóricos para escrever sobre a sua vida, suas memórias, dos sete anos aos vinte e dois anos.
E o que tem de especial nisso ? O intrigante da história dela é que nesse período ela se relacionou amorosamente com um homem. Quando a relação começou ela tinha 7 anos e ele 51 anos, quando acabou ela tinha 22 anos e ele 66.
A história acontece na cidade de Union City no Estado de Nova Jersey, onde tem uma colônia de porto riquenhos, como o seu pai. Apostei que seria uma leitura interessante, e comprei o livro, não me decepcionei.
Ao dizer para a Fabiana, que seria um filme e tanto, ela exclamou: "Como é que uma história dessas pode ser interessante ?" Outra pessoa me disse: "Nem me conta, nem me conta, não quero saber".
A pergunta da minha senhora não me causou surpresa, era esperada. Mas ela pergunta porque não leu o livro.
O que aprendi com isso ?Aprendi que pedófilo não tem cara de pedófilo, muito menos cara de mau sujeito, nem comportamento anti-social. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas, não é mera coincidência.
Eu queria saber sim... saber como é a lábia de um sujeito desses, o que faz para conseguir os seus objetivos e ter a cumplicidade de uma criança, que mesmo quando crescida, entendia que ele era um pedófilo - até chegou a chamá-lo de molestador de crianças - mas mesmo assim não o abandonava. Entender porque as pessoas em volta não percebiam aquele relacionamento, e qual o campo fértil que contribui para que isso aconteça.
Eu queria saber sim... saber como é a lábia de um sujeito desses, o que faz para conseguir os seus objetivos e ter a cumplicidade de uma criança, que mesmo quando crescida, entendia que ele era um pedófilo - até chegou a chamá-lo de molestador de crianças - mas mesmo assim não o abandonava. Entender porque as pessoas em volta não percebiam aquele relacionamento, e qual o campo fértil que contribui para que isso aconteça.
Na realidade, algumas pessoas estranhavam a eterna companhia um do outro. Foram denunciados. Ela, já com 16 anos, ajudou-o a se livrar das acusações feitas por uma assistente social enviada pelo Estado, para verificar o relacionamento deles.
O livro é um perigo, um manual para aprendiz de pedófilo, ou para quem deseja aprimorar a técnica.
O sujeito era um monstro. Para ter a atenção da criança, se tornou o seu melhor amigo, um anjo protetor, o único que a entendia e lhe dava carinho, usou a seu favor a carência causada por um pai violento, e uma mãe doente mental; juntando-se a isso o perfeito conhecimento de que uma criança gosta de ver e brincar, além de um micro zoo na sua casa.
O sujeito era um monstro. Para ter a atenção da criança, se tornou o seu melhor amigo, um anjo protetor, o único que a entendia e lhe dava carinho, usou a seu favor a carência causada por um pai violento, e uma mãe doente mental; juntando-se a isso o perfeito conhecimento de que uma criança gosta de ver e brincar, além de um micro zoo na sua casa.
Conquistou também a mãe, dizendo-lhe tudo que ela gostaria de ouvir, um perfeito ouvinte da suas lamentações, da vida de inferno que ela tinha em casa, com o marido.Ele era a personificação do bom moço, lobo em pele de cordeiro, que apesar dos senões, conseguiu enganar até o pai de Margaux, que era sempre muito desconfiado de tudo, e se julgava muito esperto. Até dinheiro deles, ele conseguiu tirar.
É uma história cheias de personagens, é uma coisa surreal. Casado, convence a (segunda) esposa a acabar o relacionamento amoroso, e permitir que ele permaneça dentro da casa, junto com o enteados. Convive pacificamente com o namorado de sua ex-esposa, a qual leva todos os domingos para passear, causando um enorme ciúme em Margaux. Adota crianças para molestá-las, e confessar a Margaux que molestava suas filhas, sendo denunciado pela primeira esposa. Confessa também... Não eu não vou contar todo o livro aqui, né ?
Após sua morte - sim o desgraçado morre, comete suicídio se jogando de um penhasco - Margaux pergunta de sua mãe, onde é que ela acha que ele está agora, ela responde : "No céu...". E completa: "Eu acho que ele era a reencarnação de Jesus Cristo". O cara era um profissional.
O livro não é exatamente um livro sobre sexo. Quem disse isso não foi eu, mas concordo plenamente. Embora, ela descreva algumas coisas em detalhes chocantes.
O livro não é exatamente um livro sobre sexo. Quem disse isso não foi eu, mas concordo plenamente. Embora, ela descreva algumas coisas em detalhes chocantes.
O meu prezado e-leitor e a minha prezada e-leitora já percebeu que eu recomendo a leitura do livro, principalmente para aqueles que têm filhos pequenos, para estudantes e profissionais da psicologia, sociologia, antropologia e outras orgias. Se estudássemos somente as madres teresas de calcutás, como entenderíamos a mente e a alma humana? Como saber o que é certo, se não tivermos o errado para comparar?
O livro, ainda sem edição em português, pode ser adquirido no site do Amazon.com, ou ser comprado e baixado pelo livro eletrônico Kindle, também da Amazon.com, ou baixado pelo Ipad ou qualquer tablete.
O livro, ainda sem edição em português, pode ser adquirido no site do Amazon.com, ou ser comprado e baixado pelo livro eletrônico Kindle, também da Amazon.com, ou baixado pelo Ipad ou qualquer tablete.
No final - a autora, que em nenhum instante se comporta como "tadinha-de-mim", já casada e mãe de uma menina - em um texto escrito em outubro de 2010, portanto, já com 32 anos, explica porque escreveu o livro. Cita um doutor especialista no assunto, e a pesquisa que fez depois da morte de Peter Curran, comprovando com documentos da Justiça que houve processo contra ele por abuso sexual de crianças adotadas.
No site http://www.arlindo-correia.com/230411.html tem os comentários dos mais importantes jornais de língua inglesa sobre o livro. Se você tiver a última versão do Microsoft Internet Explorer 9.0, basta clicar no canto superior direito que todos os comentários são traduzidos para o português.
Boa leitura.
PS 1. Tablet ou tablete ? Eu estava doido por uma oportunidade para escrever tablete, ou invês de tablet. Lembro-me de um colega de trabalho no início dos anos 80 me corrigindo porque falei "interface", do jeito que está escrito em português, porque a palavra existe na nossa língua. Ele prontamente me corrigiu, dizendo que a pronúncia era interfeici. Se existe aqui, vou dizer interfasse, e lá interfeici. Lá pode ser tablet, aqui, at least for me, é tablete. Não tem gente escrevendo em livros aprovado pelo MEC: nóis foi, nóis vai e nóis era ? Então!? Qualquer coisa o Taqui Pra Ti me defende (Os Xerifes da Língua, no site: http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=918)
PS 1. Tablet ou tablete ? Eu estava doido por uma oportunidade para escrever tablete, ou invês de tablet. Lembro-me de um colega de trabalho no início dos anos 80 me corrigindo porque falei "interface", do jeito que está escrito em português, porque a palavra existe na nossa língua. Ele prontamente me corrigiu, dizendo que a pronúncia era interfeici. Se existe aqui, vou dizer interfasse, e lá interfeici. Lá pode ser tablet, aqui, at least for me, é tablete. Não tem gente escrevendo em livros aprovado pelo MEC: nóis foi, nóis vai e nóis era ? Então!? Qualquer coisa o Taqui Pra Ti me defende (Os Xerifes da Língua, no site: http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=918)
Assunto interessante, deve acontecer situações destas aos milhares, mas a gente nem se dá conta
ResponderExcluirO blog também tá muito bom.
Renatoabc
Ola Claudio,
ResponderExcluira tua descricao eh perfeita. Cada coisa que acontece neste mundo ne....lendo teu comentario me lembrei do caso na Austria, o pai que manteve a filha no porao e teve nao sei quantos filhos com ela, e a esposa morando na casa, e disse nao saber de nada...
Eu tambem gostaria muito de entender a logica destes seres (?) humanos (?)
abs,
Anne
Euu quero muiiito Ler esse livroo!
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