Pesquisar este blog

sábado, 7 de abril de 2012

O Santo Sudário: Ciência Confirma Igreja

" Santo Sudário é o pano de linho puro, que foi utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação, antes que este tenha sido levado ao Santo Sepulcro. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura. Encontra-se hoje na cidade de Turim, na Itália. No tecido encontramos manchas de sangue humano, com as marcas do flagelo e suplício sofridos por Jesus de Nazaré. Este pano é a prova maior da existência de Cristo e do que este sofreu."
Para Ciência é Impossível Reproduzir o Santo Sudário
Os estudos mais exigentes sobre o Santo Sudário de Turim não têm respiro. Técnicas das mais avançadas aplicam-se continuadamente sobre ele ou sobre suas amostras.E quanto mais sofisticadas, tanto mais surpreendentes são os resultados.É o caso dos estudos concluídos pelo ENEA italiano, Agência Nacional para as Novas Tecnologias, a Energia e o Desenvolvimento Econômico sustentável, noticiados pelo blog “The Vatican Insider” do jornal “La Stampa” de Turim O ENEA publicou um relatório com os resultados de cinco anos de experimentos. Estes aconteceram no centro do instituto em Frascati. O objetivo foi analisar os “tingimentos semelhantes aos do Sudário em tecidos de linho por meio de radiação no extremo ultrarroxo”. Equipe da ENEA: Daniele Murra, Paolo Di Lazzaro e Giuseppe BaldacchiniEm termos mais simples, procurou-se entender como é que ficou impressa a imagem de Cristo no pano de linho do Sudário de Turim. Quer dizer, “identificar os processos físicos e químicos que podem gerar uma coloração semelhante à da imagem do Sudário”. Os responsáveis do trabalho foram os cientistas Paolo Di Lazzaro, Daniele Murra, Antonino Santoni, Enrico Nichelatti e Giuseppe Baldacchini. Eles tomaram como ponto de partida o único exame interdisciplinar completo realizado pela equipe de 31 cientistas americanos do STURP (Shroud of Turin Reasearch Project) em 1978, um dos mais importantes e respeitados jamais feitos.ENEA: equipamentos da unidade de FrascatiO relatório do ENEA desmente com muita superioridade e clareza a hipótese desprestigiada de que o Sudário seja produto de um falsário medieval.E chega a taxativa conclusão: “A dupla imagem (frontal e dorsal) de um homem flagelado e crucificado, visível com dificuldade no lençol de linho do Sudário, apresenta numerosas caraterísticas físicas e químicas de tal maneira peculiares que tornam impossível no dia de hoje obter em laboratório uma coloração idêntica em todos os seus matizes, como foi mostrado em numerosos artigos citados na bibliografia. Esta incapacidade de reproduzir (e portanto de falsificar) a imagem do Sudário impede formular uma hipótese digna de crédito a respeito do mecanismo de formação da imagem”. Resumindo com nossas palavras:1) É impossível, mesmo em laboratório, produzir uma imagem como a do Santo Sudário.2) Não somente é impossível copiá-lo, mas não dá para saber como é que foi feito. Dr. Paolo di Lazzaro explica inexplicabilidade do SudárioOs 31 cientistas do STURP não tinham achado em 1978 quantidades significativas de pigmentos (corantes, tintas), e nem mesmo marcas de algum desenho. Por isso concluíram que não foi pintada, nem impressa, nem obtida por aquecimento. Além do mais, a coloração da parte mais externa e superficial das fibras que constituem os fios do tecido é irreproduzível.As medidas mais recentes apontam que a parte colorida mede um quinto de milésimo de milímetro. O STURP também verificou que o sangue é humano, mas que debaixo das marcas de sangue não há imagem;– que a difusão da cor contém informações tridimensionais do corpo; – que as fibras coloridas são mais frágeis que aquelas não coloridas;– que o tingimento superficial das fibras da imagem deriva de um processo desconhecido que provocou a oxidação, desidratação e conjugação da estrutura da celulose do linho. Ninguém jamais conseguiu reproduzir simultaneamente todas as características microscópicas e macroscópicas da relíquia. “Neste sentido, diz o relatório do ENEA, a origem da imagem ainda é desconhecida. A ‘pregunta das perguntas’ continua de pé: como é que foi gerada a imagem corpórea do Sudário?”. Um dos aspectos que intrigou os cientistas italianos é que há “uma relação exata entre a difusão dos matizes da imagem e a distância que vai do corpo ao pano”. "O homem do Sudário", curitiba 2011. Clique para agrandar.Acresce que a imagem foi gerada até em partes em que o corpo não esteve em contato com o pano. Por exemplo, na parte de cima e de baixo das mãos ou em volta da ponta do nariz. “Em consequência, podemos deduzir que a imagem não se formou pelo contato do linho com o corpo”.Outra consequência dessas sábias minucias é que as manchas de sangue passaram ao pano antes mesmo que se formasse a imagem.Portanto, a imagem se formou em algum momento posterior à deposição do cadáver no túmulo. Mais ainda, todas as manchas de sangue têm contornos bem definidos, pelo que se pode supor que o cadáver não foi carregado com o lençol. “Faltam sinais de putrefação que correspondam aos orifícios das feridas, sinais esses que se manifestam por volta de 40 horas após a morte. Por conseguinte, a imagem não depende dos gases da putrefação e o cadáver não ficou dentro do Sudário durante mais de dois dias”. Uma das hipóteses mais aceitas para tentar explicar a imagem era a de uma forma de energia eletromagnética que pudesse produzir as características do Sudário: a superficialidade da coloração, a difusão das cores, a imagem das partes do corpo que não estiveram em contato com o pano e a ausência de pigmentos. "O homem do Sudário", curitiba 2011. Clique para agrandar.Por isso, foram feitos testes que tentaram reproduzir o rosto do Homem do Sudário por meio de radiação. Utilizaram um laser CO2 e obtiveram uma imagem num tecido de linho passável em nível macroscópico. Porém, o teste fracassou quando analisado no microscópio. A coloração era profunda demais e muitos fios estavam carbonizados. Todas essas características são incompatíveis com a imagem de Turim.Os cientistas do ENEA aplicaram ainda uma radiação brevíssima e intensa de VUV direcional e puderam reproduzir muitas das características do Sudário.Porém eles constataram que “a potencia total da radiação VUV requerida para corar instantaneamente a superfície de um lençol de linho correspondente a um corpo humano de estatura média [deveria ser] de 34 bilhões de Watt, fato que torna até hoje impraticável a reprodução de toda imagem do Sudário”, uma vez que até agora não foi construído um equipamento de tal maneira potente. E concluem: “Estamos compondo as peças de um puzzle científico fascinante e complexo”. O enigma da origem do Santo Sudário continua ainda para a ciência como “uma provocação à inteligência”. E, para as almas de Fé, um poderoso estímulo à adoração entusiasmada e racional, bem como uma confiança sem limites em Deus Nosso Senhor.
Feliz Páscoa a todos.
Cláudio Nogueira

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Nós e os grupos

Aristóteles dizia que o homem é um ser político. Então, ele tem de se candidatar e entrar para um partido? Não é nada disso. Político vem de polis, cidade. O homem vive no meio de outros homens ( e mulheres também). Vive na urbis, não vive no mato, vive cercado de pessoas. E tem de aprender a conviver com elas. E aí vem o Babá e diz: Epa! Peraí ! Os índios vivem no mato, mas vivem em comunidade. Então tem de reclamar ao Aristóteles.
Na realidade, homens e mulheres vivem em grupos, de colegas de escola, de trabalho, de amigos, etc. etc. Eu, como é do conhecimento do e-leitor, já nasci dentro de uma comunidade.
Do nascer ao morrer nós temos os nossos grupos. Esse ano meus filhos mudaram de escola; e deixaram os primeiros amigos e colegas, conhecidos fora do âmbito famíliar. A Maria Fernanda (em 2010), João Paulo e Pedro Henrique deram adeus à Manuela, à Beatriz, ao Josh, ao Tales, ao Gustavo e a vários outros. O bom é que eles ainda não sabem o que é isso significa. Vão sentir mais tarde. Todos eram alunos da Escolhinha Maria Imaculada, localizada ao lado da igreja de N. S. de Nazaré, em Adrianópolis.
Há três anos, a partida da ex-diretora, irmã Alcinete, para trabalhar como missionária na África, já havia me dado a primeira sensação de que aquele grupo estava dissolvendo.
Não tem aquela história de que quem beija meus filhos, adoça a minha boca? Era assim que eu me sentia em relação a ela. O carinho com o João Paulo, a paciência, com as peraltices das minhas crianças, me deixava tranqüilo, em saber que eles estavam em boas mãos. Mas mais do que isso, ela era amiga deles. A irmã Nete se foi, ele sentiu um pouco, mas a vida continuou.
É a vida sempre continua. Tem o primeiro grupo. Da minha época da escola primária, lembro me bem de todos os anos. Não chegava a ser exatamente um grupo aparte, pois sendo uma escola de bairro, bairro de Aparecida, todo mundo que estudava lá era conhecido. Mas mesmo assim sobraram bons amigos, como o João Bosco Cantisani e o Cristóvão Martins. Já adulto trabalhei, em diferentes lugares, com os dois. Mas o primeiro e intenso grupo de relacionamento mesmo foi o pessoal da rua. Da rua não, do beco. Beco da Indústria. Indústria de meninos.
Alguém tem de fazer uma pesquisa porque nasceram tantos menino naquele beco num período de uns três anos. Não é por que nasceu tanta gente, é por que nasceram tantos homens ? Deve ser a posição dos astros que influenciaram na ovulação da mulhereda. A verdade é que, da minha idade, mais velho um ano, ou mais novo um ano, tinha, só no beco, uns 20 meninos ou mais. Digo, da mesma idade, porque homens naquele beco, só meus pais produziram sete. Eh! Mas, praticamente, menino de rua, dos sete, só era eu; e em menor escala o Thomaz; seguido pelo Junior com a medalha de bronze. Eu chegava da escola às onze, trocava de roupa e ia jogar futebol no sol de 40 graus na sobra, na frente da CEM (Companhia de Eletricidade de Manaus). A pele escura continuamente pipocava com bolhas por causa do calor. Magro feito vara de bater em doido. Quando aparecia para almoçar às 13 ou 14 horas, a surra vinha na entrada como aperitivo. Eu sempre fui tarado por futebol. Nunca tive muita paciência para assistir partidas. Só se for Copa do Mundo, ou decisão de campeonato, mas jogar, e mal, era comigo mesmo. Os bons eram o Paulinho Bololo, o melhor de todos; o Afonso, irmão dele; o Atílio, mais tarde cunhado dos dois. Tinha na rua, o (Vicente) Paulinho e Pedro Schettini, Hélcio e Claudioson, campeões de natação no Rio Negro; o Beto da dona Raimundinha; Luis Carcaça, que gordo não era; o Públio Caio e o Neto; os primos Ricardo Preto e Ricardo Branco, com mesmo nomes e idades, mas com cores diferentes; o PP, Pedro Potiguara, o Jorge do Carlão e Sidéria, os irmãos Mauro, Normando e Ulisses, da casa dos três leões; o Tadeu, irmão da Radiola e do Chuvisco, que vieram do Maranhão, passaram uns sete anos e depois foram embora; havia o Stefano-Robusteli-Filho-de-Italiano, o Tonton (Gladstone), da dona Fanchete; os irmãos Manel e Joca do seu Lima. Depois apareceram o Jair e o Jânio e vários outros mais velhos ou mais novos. Esse é praticamente o primeiro grupo. Crescemos juntos. Uns dois ou três fizeram um test drive do casamento, mesmo antes dos vinte anos, capotaram em seguida, mas continuaram tentando, e voltaram a fazer outros testes depois. Mas o recorde fica por conta do Ricardo Preto. Hoje Dr. Ricardo dos Santos. Foi pai aos 16, e hoje com 52 anos, está só no quinto casamento e apenas seis filhos.
Mesmo morando em bairros de diferentes da cidade, graças a Deus, esse grupo pode se reunir, se convocado for. Há duas lamentáveis baixas: o Luís Afonso, morto por engano, na briga de dois sujeitos, um deles armado, em pleno ensaio da escola de samba de Aparecida, e José William, o Joca, que também teve a vida interrompida por alguém.
Saio do Colégio Nossa Senhora da Aparecida e vou para o Colégio Militar de Manaus, que neste sábado, 7 de abril, faz 40 anos de inauguração. Eu estava lá. Formou-se mais um grupo.
Um grupo não se extingue para começar outro. O grupo do beco foi até os 18 anos. Na infância, paralelamente a este, teve o do Colégio Nossa Senhora Aparecida, depois o grupo do CMM, onde, praticamente, nos encontrávamos somente nos corredores do Colégio, mas isso foi por vários anos. E antes e depois teve o grupos de jovens da paróquia de N. S. Aparecida.
Dos 20 para cá vários outros grupos se formaram, mais isso pode ser lembrado mais tarde. Hoje quero lembrar dos meus amigos do Colégio Militar de Manaus. Sobre isso escreverei no sábado.
Esse texto, somente publicado hoje, foi escrito antes do post : Dando Graças: uma morte e várias vidas
que é uma espécie de continuação deste. Em sendo hoje sexta-feira da Paixão de Cristo, acho oportuno ser relido.
Uma boa Semana Santa para todos.
Cláudio Nogueira