"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá
a sua vida por seus amigos." João 15,13
Recebi de Vladimir Takeda, presidente do Country Club e membro da nossa Asssociação de ex-Bolsistas no Japão (Ameojapão), um email sobre os japoneses idosos que se ofereceram para trabalhar e contrair doença na usina nuclear de Fukushima. Coloco aqui um pequeno trecho:
Talvez agora o ocidente e mesmo muitos descendentes nipônicos possam compreender o verdadeiro sentido da lenda “Ubasute yama”, que foi refilmado pelo diretor Shoei Imamura, com o título “Balada de Narayama” (Palma de Ouro em 83).
“Imamura nos conta a história sobre o Monte Narayama em cujo sopé, na época de um Japão feudal extremamente pobre, vive uma comunidade de aldeões agricultores. Os velhos, ao completarem 70 anos são levados ao Monte Narayama para aí morrerem.
O altruísmo de Orin, uma idosa às vésperas de 70 anos e de saúde e dentes perfeitos, a faz quebrar os incisivos superiores para justificar sua desnecessidade de comida, já às vésperas de sua partida ao Monte...” (fonte Google).
a sua vida por seus amigos." João 15,13
Recebi de Vladimir Takeda, presidente do Country Club e membro da nossa Asssociação de ex-Bolsistas no Japão (Ameojapão), um email sobre os japoneses idosos que se ofereceram para trabalhar e contrair doença na usina nuclear de Fukushima. Coloco aqui um pequeno trecho:
Talvez agora o ocidente e mesmo muitos descendentes nipônicos possam compreender o verdadeiro sentido da lenda “Ubasute yama”, que foi refilmado pelo diretor Shoei Imamura, com o título “Balada de Narayama” (Palma de Ouro em 83).
“Imamura nos conta a história sobre o Monte Narayama em cujo sopé, na época de um Japão feudal extremamente pobre, vive uma comunidade de aldeões agricultores. Os velhos, ao completarem 70 anos são levados ao Monte Narayama para aí morrerem.
O altruísmo de Orin, uma idosa às vésperas de 70 anos e de saúde e dentes perfeitos, a faz quebrar os incisivos superiores para justificar sua desnecessidade de comida, já às vésperas de sua partida ao Monte...” (fonte Google).
Na época, eu conversei com alguns “nisseis” e “sansseis” sobre o filme e a maioria achou que o filme era cruel, e no mínimo esquisito, sem compreender que, numa época de extrema pobreza e escassez de alimentos, era melhor alimentar os jovens para ter uma esperança no futuro. Como comentou Marvio, mesmo sendo assombrosa, a medida era simples e lógica para a sobrevivência de toda uma comunidade.
O interessante é que mesmo após séculos e num país sem fomes, esta lógica ainda permaneça entre muitos idosos.
Vladimir acrescenta a seguinte matéria do jormal DESTAK, publicada em 03.06.2011
http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=10,98921
Idosos japoneses se oferecem para trabalhar em Fukushima
Cerca de 200 idosos japoneses estão se oferecendo para tentar controlar a crise na usina nuclear de Fukushima. O grupo é composto por engenheiros aposentados e outros profissionais. Todos com mais de 60 anos.
Eles dizem que são eles que devem enfrentar os perigos da radiação, e não os jovens.
Assistindo ao noticiário, o engenheiro Yasuteru Yamada decidiu mobilizar idosos como ele. Para ele, a atitude não é corajosa, mas lógica. "Eu tenho 72 anos e posso viver mais 13 ou 15 anos. Mesmo que seja exposto à radiação, o câncer vai demorar 20 ou 30 anos para se desenvolver." Ele está tentando autorização do governo para que os voluntários possam entrar na usina nuclear. O governo agradeceu a oferta, mas é cauteloso, e Yamada não dá detalhes sobre o andamento das negociações.
A usina ainda está liberando radiação, três meses após o terremoto e tsunami que atingiram o país. A operadora Tepco confirmou que o combustível de três reatores derreteu, e dois funcionários foram expostos a níveis radioativos acima do tolerado.
Impressionante !
Coloco aqui um vídeo sobre o Tsumani, também recebido do Vladimir Takeda, um registro fantástico gravado por uma pessoa dentro do carro, que vê aparecer água por todos os lados, em questão de segundos.
Tenha um bom fim de semana
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