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sábado, 28 de dezembro de 2013

Minha Mãe

Escrito por Maria Piedade Queiroz Nogueira Belasque -  28.12.2013

Minha mãe não é uma figura ilustrativa em nosso seio familiar, não é amada e respeitada [apenas] porque é uma velhinha linda de olhos verdes, nem porque esteve grávida por longos 12 anos.
É verdade que o amor não necessita de justificativa alguma, mas existem inúmeras razões pelas quais minha mãe é tão amada e respeitada.
Minha mãe é firme, nunca dura.
No alto dos seus 83 anos ela continua sendo nossa melhor conselheira, incentivadora e crítica. É nosso norte e nosso orgulho.
Se 
você não quiser saber sua opinião sincera, não a pergunte, pois ela não omite a verdade do que acredita; mas se quiser ouvi-la não tenha receio, mesmo que o que ela tenha a lhe dizer não seja do seu agrado, ela certamente escolherá as palavras certas que o farão refletir. 
Por outro lado, se você não quiser mesmo saber a opinião dela, fique tranquilo, ela dificilmente interferirá, nem dará sua opinião sobre você a terceiros, ela jamais fala “de”, ela sempre fala “para”. 
Ela também não desperdiça oportunidades de demonstrar seu amor, sua admiração por você. Palavras gentis de reconhecimento, de apoio, encorajamento e gratidão são ditas sempre que oportuno, com toda simplicidade e sinceridade.
Dizem que devemos fazer limonada dos limões que recebemos da vida; ela fez limonada, torta de limão, maionese e até remedinho para a garganta com os limões que recebeu.
Órfã de mãe aos 5 anos e de pai aos 11, aos 20 casou-se com o grande amor de sua vida, aquele que foi sua paixão, seu pai, seu companheiro, seu tudo, aos seus 41 anos já tinha seus 18 filhos, e aos 55 ficou viúva.
Sem perder a doçura seguiu firme e altiva, como líder nata nos guiou e capacitou. Somos fruto do amor!
Mas essa mulher excepcional e generosa não chegou aqui por acaso ela fez como diz o salmo: “Confia no Senhor e fazes o bem, habitarás na terra
e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também n
o Senhor e Ele concederá os desejos de teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele e Ele o fará.”
O Senhor de sua vida a sustentou no momento de dor e aplainou seus caminhos, ainda a abençoou com vários anjos e benfeitores; os primeiros deles foram a vovó Eliza e os irmãos que a vida lhe restituiu e o nosso amado Pai. Vieram então Maria do Carmo e Paulo Feitoza, João e Chiquinha Toledo, Pedro Silvestre, Nuno e Maria Cunha, Altina e Garrido, Amâncio e Clemilda, João Lúcio e Dra. Marília, tia Luíza, tia Dinoca, vovó Hilário, tio Pedro e tia Mimita, e seus amigos de caminhada da igreja, Gama e Amazonilda, Júlio e Auxilium, Lindalva e Velozo, Bebeta e Maurino, Abel e Terezinha, Joaquim e Déia, Stela e Alencar, Graça e Gilmar, Moça e Chiquinho.
Não posso esquecer de nossa amada tia Dadá, anjo e apoio. 
Minha mãe não é santa, tem imperfeições e defeitos, mas seu temor a Deus moldou o seu espírito e atos e fê-la buscar melhorar sempre. 
Como ela sempre diz "nem sempre fui justa, nem sempre fiz o bem, mas foi nessas ocasiões que fui mais feliz". 
Essa é minha mãe. Te amo!
Com amor,


Piedade
 
 

















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