Exportações brasileiras As trocas entre países da mesma região ajudaram na atração de investimentos e na movimentação das economias. As vantagens comerciais do Mercosul permitiram que o volume de transações dentro do bloco fosse multiplicado por dez, passando de R$ 4,5 bilhões em 1991, para R$ 45 bilhões em 2010. O Intercâmbio com o resto do mundo aumentou em quase seis vezes. Em 1991, o Mercosul exportava R$ 66,6 bilhões. Em 2010, foram quase R$ 400 bilhões. Pelos cálculos do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as trocas com outros blocos e países atingiram R$ 31,9 bilhões em fevereiro de 2011. No mesmo período, no ano passado, haviam sido R$ 23,5 bilhões. Para o alto representante-geral do Mercosul, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, foi fundamental para o Brasil e para a Argentina, Paraguai e Uruguai a inserção conjunta no comércio internacional por meio do bloco econômico. “Qualquer país em desenvolvimento, sozinho, tem menos força nas negociações. Assim, o Brasil junto com seus sócios do Mercosul, pode fazer melhor defesa de nossos interesses. Ademais, como economia maior (o Mercosul é a quarta economia do mundo), os países puderam captar mais investimentos”.
Balanço comercial A participação do Mercosul na balança comercial brasileira também aumentou significativamente. As exportações, que em 1991 eram de R$ 3,8 bilhões, alcançaram R$ 37,5 bilhões em 2010, quase dez vezes mais. O valor representa 10% das exportações e é equivalente ao que é exportado para os Estados Unidos. Apenas nos dois primeiros meses de 2011, o acumulado das vendas do País chega a R$ 6,1 bilhões. O Brasil também importou mais dos parceiros do bloco: os R$ 3,7 bilhões em 1991 passaram para R$ 27,6 bilhões em 2010, segundo dados do Mdic. Exemplos são o vinho e o trigo. Em 1991, o Brasil comprou 877 toneladas de vinho por R$ 2,7 milhões. Em setembro de 2010, o Brasil recebeu 13 mil toneladas do produto, por R$ 67 milhões. O pão do brasileiro é assegurado pela importação de trigo. Apesar de o País ser grande produtor de trigo, consome o dobro do que produz. A importação girava em torno de 700 mil toneladas, por um preço de R$ 133 milhões e passou para quatro milhões de toneladas, por R$ 1, 7 bilhão.
Entraves burocráticos ainda são desafios A eliminação de entraves burocráticos, como o corte de tarifas para importação e exportação e a melhoria da infraestrutura regional que contribuem na redução do custo do transporte são alguns dos desafios para o desenvolvimento do Mercosul. O Mdic avalia que o intercâmbio intra-zona continuará crescendo mas pode estar próximo do limite. Por isso, os técnicos da pasta recomendam a ampliação das fronteiras, seja pela conquista de novos parceiros, como pela diversificação das pautas de comércio. Por outro lado, o Mercosul tem contribuído para gerar investimentos entre os sócios. O Brasil realizou importantes investimentos na Argentina, que se concentram nos setores de bebidas, vinhos, alimentos, material de construção, autopeças, têxteis, seguros e bancos. Em contrapartida, a Argentina se dedicou a investimentos no Brasil nos setores alimentício, de veículos, de material de construção e de construção civil. A ampliação do financiamento de exportações e importações e desenvolvimento de projetos conjuntos ainda é um dos grandes desafios. De acordo com o embaixador Pinheiro Guimarães “é necessário que os sistemas bancários privados se modernizem e se capacitem para financiar obras de infra-estrutura de longa maturação. A reforma do sistema bancário começa, porém, em cada país”.
Trocas são importante experiência para pequenas e médias empresas O Mercosul reúne uma população de mais de 200 milhões de habitantes. Cerca de 80% se encontra no Brasil, que conta com um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente um trilhão de dólares. Para os técnicos do Mdic, o contraste econômico entre o País e os parceiros pode dar a impressão de que o Mercosul não é um grande mercado ampliado. No entanto, as trocas entre os países permitem importante experiência, em especial das pequenas e médias empresas com o mercado externo e a expansão das relações comerciais com outros mercados.
Fonte: Secretária de Comunicação Social da Presudência da República
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