" João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história."
O Ciro Gomes foi desistido de ser candidato a presidente pelo partido dele, PSB, que deverá anunciar em breve seu apoio a candidatura de Dilma Roussef.
Se Serafim - que apoiaria a candidatura de Ciro e de Marina (de quem é amigo), e talvez até a de Serra (devido a parceria com Arthur) também - decidir compor com Alfredo Nascimento, parceiro da eleição municipal de 2004, e o PT decidir apoiar o senador, vai ter de apoiar a Dilma. E como ficaria o apoio dele a reeleição do Arthur Neto ? Onde sempre esteve, de pé, acredito eu, sem nenhum problema.
Em Roraima, Romero Jucá (PMDB), lider do governo no Senado, deseja apoiar para o governo (pasmem! mas nem tanto) um candidato do PSDB, ao atual governador José de Anchieta Junior, indo de contra o candidato apoiado pelo PT, o ex-governador Neudo Campos.
Em 2002 e 2006, Ciro Gomes (PSB) subiu no palanque do Lula ( 2002, só no segundo turno), e Tarso Jeressati (PSDB) apoiou Serra e Alckmim, ambos se apoiaram no Ceará.
No Acre, os irmãos Vianas, Jorge, ex-governador e pré-candidato ao Senado e Tião, senador, pré-candidato ao governo, petistas históricos, apoiarão a senadora e pré-candidata à Presidência, Marina Silva. Lá PMDB é oposição.
Veja a situação de Minas Gerais, onde o negócio é mais complicado. Dilma insinuou que apoiaria o candidato do PSDB, e deixou irritado o senador Hélio Costa, pré-candidato ao governo de Minas pelo PMDB. Ele ameaçou detonar o casamento PT-PMDB, porque Minas tem o maior número de votos na convenção nacional do PMDB. Lá Patrus Ananias, ex-ministro de Lula, contrariando a vontade de seu ex-chefe, não está nem aí para ameaças, colocou o seu bloco na rua e peita o Planalto ao propor prévias internas dentro do PT para decidir quem será o candidato do partido ao governo de Minas. O ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, é o outro concorrente.
Está aí uma coisa que eu não entendo, essa da Dilma e aquela do Jucá.Os governadores tem grande influência sobre as bancadas federais, apoiar candidatos do PSDB não irá trazer problemas para a futura presidente ?
No Amazonas, o presidente estadual do PT e suplente de Alfredo Nascimento, João Pedro, quer o emprego de senador de volta (alega que tem contas a pagar e gostou muito servi ao povo amazonense) e deseja que o partido apoie o ex-ministro. Já o deputado estadual Sinésio Campos, do grupo do ex-governador Eduardo Braga, quer o apoio do partido direcionado à reeleição de Omar Aziz.
Tem um pequeno detalhe nessa história, Braga é do PMDB, partido que até o momento que digito essas palavras, fará o vice na chapa da Dilma, e deseja ser ministro dela. Vamos supor que o PT local decida apoiar Alfredo Nascimento, e Omar (PMN) sentindo-se rejeitado, apoie José Serra, em que palanque subiria Eduardo? Ele subiria no palanque do Omar, desde que o Serra não tivesse presente, e no da Dilma , se o Alfredo descesse para fumar um cigarro ou atender uma ligação no celular. A verdade é que Omar precisa dos votos do Braga, e Braga precisa do apoio mora$ do Omar.
Se Omar resolver apoiar Serra, possivelmente, o Arthur desejará subir no seu palanque. Se isso acontecer, e Arthur obter o apoio do governador, a Vanessa Graziotin vai ter de ralar um bocado para se eleger senadora. Tá ficando emocionante, num tá ?
E o Amazonino, onde ele entra nessa história ?
Depois que o Omar decidiu ser candidato, puxando o tapete do Negão, que queria que ele renunciasse para aplicar o plano do mandato tampão, ou ficasse no cargo de governador, mas não concorresse à reeleição, o prefeito de Manaus teve um gesto nobre, decidiu ficar na prefeitura até o fim do seu mandato. Quanta nobreza !
Magoado com Omar, o prefeito logo declarou o seu apoio a Alfredo Nascimento, isso muito antes do período de desencompatibilização, 3 de abril, determinado pela lei, para ver se o Omar se tocava e voltava atrás, mas não deu certo.
A pergunta que não quer calar é a seguinte: Que apoio traria mais votos para Alfredo, o do Amazonino ou o do Serafim? Um tem dinheiro e votos também; mas Serafim, que também tem votos, poderá ser candidato na chapa de Alfredo, portanto, tendo uma influência mais direta no eleitor, coisa que Amazonino não poderá fazer.
Que eleição ! Vou registrar tudo, tapas e beijos, casamentos e traições para contar para os meus netos; igual como ouvi estórias de plínios e gilbertos.
Mais algumas perguntinhas para finalizar:
- Se o PT decidir apoiar o Omar, o que acontecerá com o Alfredo ?
- E se o PT decidir apoiar o Alfredo, o que vai acontecer com inúmeros cargos que o PT tem no governo e na UEA ?
Ouça: " Ciro Gomes merecia tratamento melhor" por Lúcia Hipólito, comentarista político da rádio CBN.
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