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sábado, 31 de julho de 2010

O Lula transfere voto para governador ?

Nas eleições de 2008 para prefeitos de todo Brasil, um sociólogo do Rio de Janeiro, que infelizmente não guardei o nome, foi sabatinado no programa Roda Viva da TV Cultura, sobre o seu livro, conclusão de uma pesquisa dos resultados em mais de 100 eleições em diferentes e repetidas cidades. E a conclusão dele era bastante simples e aparentemente nada reveladora. Mas só aparentemente. Consistia no seguinte: candidato a reeleição com mais de 60% de aprovação de sua administração se reelege; e se não é candidato, elege o candidato por ele indicado.
Aí vem a primeira pergunta: Então, porque o Eduardo Braga campeão de popularidade não conseguiu implacar o Omar Aziz como prefeito de Manaus ?
E por que o Lula, com popularidade elevada, está conseguindo transferir o seu voto, para até pouco tempo atrás ilustre desconhecida da grande massa da população, Dilma Roussef? E por que Aécio Neves, o mais popular governador do país, até aqui não está conseguindo que o seu candidado a governador por Minas, decole e assuma a dianteira nas pesquisas para essa eleição ?
Todas essas questões tem explicação, hoje, a luz do resultado da pesquisa apresentada pelo professor da UFRJ em 2008. A pesquisa não errou, mas apontou uma tendência, uma porta para uma generalização. Não necessariamente o acerto é 100%. Mas até aqui a pesquisa se confirma. Vale lembrar quem nunca erra uma previsão é o polvo alemão.
Deve ser lembrado que as explicações estavam escritas no livro antes do resultado das urnas. Primeira resposta, para o fiasco do Braga na eleição para prefeito, dentro do contexto da pesquisa: o prestígio do governante com a popularidade em alta é transferida para o mesmo cargo, o que supõe continuidade. Por esse motivo, o prestígio do governador não foi transferido para o cargo de prefeito. Obviamente, havia outras variáveis em jogo, como o voto de protesto em Manaus, etc., etc. Diante desta resposta, de que a transferência é para o mesmo cargo, os jornalistas perguntaram ao pesquisador: E como o sr. explica que o candidato de Aécio Neves, que é governador ganhou a eleição para prefeito, já que não é o mesmo cargo. A resposta dele foi a seguinte:
- O candidato que ganhou, Márcio Lacerda do PSB, é realmente apoiado por Aécio, mas é também apoiado que atual prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel do PT. O que ainda está de acordo com a minha pesquisa, um candidato indicado pelo ocupante do cargo, que tem a gestão com elevado grau de aprovação.

E então, o que é está acontecendo em Minas hoje ? Por que o Lula transfere votos para Dilma e para o Hélio Costa, e o super Aécio não consegue transferir votos para o seu sucessor, que tem nome de personagem da Disney, Anatasia ? A resposta é simples, pouca gente conhece o sujeito:

“ O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, candidato à reeleição pelo PSDB, reconhece que ainda é desconhecido por grande parte da população fora da capital, Belo Horizonte, onde foi prefeito. O fato, no entanto, não tira o otimismo do candidato, que aposta na propaganda eleitoral na televisão para intensificar a transferência dos votos do ex-governador Aécio Neves, seu principal cabo eleitoral e candidato ao Senado.
Apesar do esforço de Aécio, que acompanha Anastasia em praticamente todas as viagens pelo Estado, a última pesquisa de intenção divulgada ontem pelo Vox Populi aponta que Hélio Costa (PMDB), apoiado pelo presidente Lula, ganharia no primeiro turno. De acordo com o levantamento, Costa teria 42% das intenções de voto, contra 18% de Anastasia."
(http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/ainda+desconhecido+anastasia+aposta+na+tv+para+subir+em+minas/n1237731103903.html)

O Lula fingindo ser desconhecedor da legislação eleitoral, há dois anos anda com a Dilma a tiracolo tirando-a do anonimato para milhões de eleitores.

Então poderíamos dizer, que estamos diante de uma exceção dentro da pesquisa do professor, já que esta não afirmar que em 100% dos casos ocorreram o que foi afirmado no parágrafo anterior ? Ou seja, o Aécio não transfere votos, e o Lula que não é governador sim. Mas se levarmos em conta a informação do texto acima sobre Anastasia; não será de todo errado concluirmos que o Aécio não consegue transferir votos, porque o candidato dele é desconhecido, que concorrer com Hélio Costa, que é muito conhecido desde do tempo que era corresponde nos Estados Unidos do Fantástico, e que diante desta situação, os 42% que tem como intenção de votos não foram obra do apoio do Lula.
Portanto, a situação de Manaus, se estiver dentro da curva da pesquisa, o Omar tem chances de ganhar; principalmente, se o eleitor considerar que ele também pede voto para a candidata do Lula. Ou seja, não bate de frente com o Lula, como fez Arthur Neto em 2006. Vamos ter de esperar a propaganda eleitoral na TV, os debates frente a frente e verificar se ocorrerar a regra ou a exceção, isto é, o Eduardo transferindo votos para o Omar, mais do que o Lula consiga transferi-los para o Alfredo.

Dia 29 deste mês foi divulgado resultado de pesquisa eleitoral para governador. Será que ela é confiável ?
O que é isso deve está perguntado o e-leitor? Esse cara deve ser eleitor do Alfredo.
Sobre resultados de pesquisa eleitoral já conversamos no texto abaixo "Vota Obrigatório, Facultativo e Pesquisa Eleitoral". Mas leia o exemplo que dei sobre a eleição para prefeito em Minas em 2006, já que estamos falando de Aécio Neves.
Agora vou escrever o óbvio, se vencer o Omar, ele e Eduardo vão querer repetir a dobradinha Gilberto-Amazonino, de alternância no governo do Amazonas. Omar só pode ficar quatro anos, sai para o senado em 2014, Braga, que quer tudo, já deter concorrido para prefeito em 2012, tentará se eleger, novamente, governador no ano da Copa do Mundo.
Vou novamente repetir o que já disse anteriormente, releia o post "Alfredo ou Braga ministro?". O Braga não pode ganhar todas, se o Omar ganhar quem vai ser ministro é o Alfredo e não ele. O PR tem lá a sua cota no futuro ministério, e o Alfredo é o presidente do partido; já no PMDB tem muita gente para ser ministro, e mesmo apoiando a Dilma, não se pode esquecer que Omar e Eduardo peitaram o Planalto lançando candidatura contra Alfredo e quebraram acordo firmado nas eleições de 2006.






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