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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Carta Capital: Quem bisbilhota quem ?

Sinais trocados
Leandro Fortes

13 de setembro de 2010 às 19:00h

Em 30 de janeiro de 2001, o peemedebista Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados, enviou um ofício ao Banco Central, comandado à época pelo economista Armínio Fraga. Queria explicações sobre um caso escabroso. Naquele mesmo mês, por cerca de 20 dias, os dados de quase 60 milhões de correntistas brasileiros haviam ficado expostos à visitação pública na internet, no que é, provavelmente uma das maiores quebras de sigilo bancário da história do País. O site responsável pelo crime, filial brasileira de uma empresa argentina, se chamava Decidir.com e, curiosamente, tinha registro em Miami, nos Estados Unidos, em nome de seis sócios. Dois deles eram empresárias brasileiras: Verônica Allende Serra e Verônica Dantas Rodenburg.

Ironia do destino, a advogada Verônica Serra, 41 anos, é hoje a principal estrela da campanha política do pai, José Serra, justamente por ser vítima de uma ainda mal explicada quebra de sigilo fiscal cometida por funcionários da Receita Federal. A violação dos dados de Verônica tem sido extensamente explorada na campanha eleitoral. Serra acusou diretamente Dilma Rousseff de responsabilidade pelo crime, embora tenha abrandado o discurso nos últimos dias.

Naquele começo de 2001, ainda durante o segundo mandato do presidente FHC, Temer não haveria de receber uma reposta de Fraga. Esta, se enviada algum dia, nunca foi registrada no protocolo da presidência da Casa. O deputado deixou o cargo menos de um mês depois de enviar o ofício ao Banco Central e foi sucedido pelo tucano Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, hoje candidato ao Senado. Passados nove anos, o hoje candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff garante que nunca mais teve qualquer informação sobre o assunto, nem do Banco Central nem de autoridade federal alguma. Nem ele nem ninguém.

Graças à leniência do governo FHC e à então boa vontade da mídia, que não enxergou, como agora, nenhum indício de um grave atentado contra os direitos dos cidadãos, a história ficou reduzida a um escândalo de emissão de cheques sem fundos por parte de deputados federais.


Veja o restante da matéria no site da Carta Capital

http://www.cartacapital.com.br/politica/sinais-trocados

2 comentários:

  1. Pois é Claudio! Pena que só publicam meias verdades.A dona Filha do José Serra era sócia da mulher do banqueiro dono do Opportunity. Quando o Aécio Neves concorreu ao governo de Minas já haviam consultas na conta dela .Infelizmente, no Brasil os políticos se baseam na crença de que os leitores ainda são burros e ingênuos.As coisas mudaram e quanto mais ele faz política de baixo nível, mais cai nas pesquisas. Com advento da internet crescente nos lares brasileiros o acesso a informação fica mais barato.( custo menor que jornal) as pessoas deixam a ignorancia de lado. Algumas realidades são fundamentais como o acesso a ensino superior de uma classe que jamis teria sessa oportunidade,melhoria da qualidade de vida das pessoas, são coisas importantes e que se vê nos dia à dia. Povo que come deixa de ser burro! A Vontade deste povo é legítima. Essa situação não os afeta porque somos de uma classe previlegiada.Acho um absurdo religiões quererem direcionar o desejo do povo.Isso é ditadura ,disfarçada de democracia.O processo eleitoral me dá uma sensação de liberdade quando vejo a população,por mais que eu não concorde escolhendo que gostariam que os representasse.Isso é legítimos e é democrático,enquanto o José Serra é lamentável. Voto é secreto e essa indução que ele pretende é grosseira. Quem elegerá a Dilma é ele mesmo com sua atitude. A impressão que tenho meu amigo, é de que ele deixou a Vila ,mas a vila não deixou ele.Quem teve educação respeita a opinão alheia e tem postura. Beijão

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  2. Meu prezado Claudio,

    Boa matéria. O opositor ferrenho senador Alvaro Dias, também, adora fazer esse
    tipo de chantagem.

    Um forte abraço

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