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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Reino Mágico

Retirado do livro "Essas e outras aventuras"

Lake Buena Vista
Pedaço de janeiro e parte de fevereiro tiramos férias na Flórida, fazendo o programa "Disney com as crianças" e outros parques. Na realidade, o que chamamos de Disneyworld é oficialmente denominado Magic Kingdom. Walt Disney World Resort é um conjunto de parques temáticos e aquáticos, mais hotéis resorts e uma área de lojas e diversão para adultos chamado Downtown Disney, localizado a sudoeste da cidade de Orlando, em Lake Buena Vista - que originalmente chamava-se City of Reedy Creek - e teve esse nome retirado de uma rua em Burbank, na Califórnia, onde The Walt Disney Company está localizada. O interessante é que a cidade de Lake Buena Vista (12,7 km quadrados) foi criada nos exatos limites da propriedade da companhia Walt Disney na região. Walt Disney pretendia construir ali o que ele dizia ser uma espécie de "comunidade do futuro". Essa idéia original nunca vingou, mas foi aproveitada para mais um parque temático, o EPCOT. Inicialmente chamado de Epcot Center. Epcot é abreviação de Experimental Prototype Community of Tomorrow (Protótipo Experimental da Comunidade do Amanhã ou do Futuro). Os únicos moradores da cidade são funcionários da The Walt Disney Company, que vivem em uma pequena comunidade chamada de Royal Oak Court, tudo que existe em volta pertence a Disney Company e suas subsidiárias.
Fiquei pensando como seria Orlando antes da chegada da Disney por lá, e qual foi o impacto sobre a cidade. A gravura a cima dá uma idéia da expansão da cidade. E encontrei no livro Project Future: The Inside Story Behind the Creation of Disney World (Projeto Futuro: A história por trás da criação do Disney World) de Chad Denver Emerson, respostas para algumas perguntas.
Fortes Emoções
Nossa aventura começou bem na manhã do nosso primeiro dia, na primeira saída do hotel em Kissimmee, outra cidade/bairro de Orlando. O sentido do meu destino era a pista oposta a do hotel; então era só fazer o retorno. Entrei no retorno, e no sentido contrário, encostando parachoque com parachoque dianteiro entrou o carro da polícia, ficamos tête à tête. Essas histórias são boas para serem contadas... depois que já aconteceram, mas na hora, o neguinho sente um frio na espinha. O policial fez um gesto com a mão para eu recuar e encostar. Parei, ele parou atrás de mim. Exatamente como nos filmes. Me pediu a carteira de motorista e o documento do carro. Para evitar dúvidas dei a do Brasil e a que tirei no Canadá em 2007, com validade até 2012. Disse que o carro era alugado e que tinha esquecido o comprovante de aluguel no hotel ( quem é o idiota que tira o recibo do aluguel do porta-luvas ? Eu.), mas que poderia ir buscá-lo. Ele se retirou, foi consultar no notebook do carro dele a propriedade do meu. Nisso a Fabiana sai do carro e vai ao hotel buscar o comprovante de aluguel. Olho pelo retrovisor, e vejo que ele acompanha todo o movimento. Volta e me pergunta:
- Quem mandou a sua esposa sair do carro ?
- Ela foi ....
- Eu sei onde ela foi e o que foi fazer. Ela não poderia sair do carro, isso é como se ela estivesse fugindo. Ela poderia ser presa e ir para a cadeia...
- Mas, mas...
- Preste mais atenção na próxima vez. Você poderia ter causado um acidente. O retorno é mais a frente, este retorno é para quem vem da outra pista, preste atenção!! Me devolveu as carteiras e foi embora emburrado. E eu gritando "sir", "sir", para agradecer, algo como: "God Bless you." Ele sacou minha intenção e foi embora com a cara fechada. Quando a Fabiana chegou, as crianças gritavam: "mamãe tu podia ser presa. O guarda disse que tu iria para cadeia." Passado o susto, ficou a certeza de que eles ainda entendem inglês, e esse, na realidade, era o motivo da viagem: testar o nível de inglês deles.
Essa é a minha quinta experiência de ser abordado pela polícia americana. Três vezes fui liberado: duas por estar na contramão e uma por excesso de velocidade. Uma vez fui multado por excesso de velocidade e outra fui preso por arrombar o próprio carro. Se você deseja que eu conte, mande um SMS para 0300 1502 1959 e escreva "sim", o custo da ligação é 0,31 centavos + impostos.
Na contramão ( leitura opcional. Não está interessado, não tá nem aí, não tem tempo, não é voyeur da vida dos outros, pule para Parque aquático)
Não faz parte do assunto deste post contar isso, mas como recebi muitos torpedos e ando com a memória fraca esquecendo muitas coisas, vou deixar registrado para meus netos, antes que esqueça.
Bom ! A quinta abordagem e terceira liberação vocês acabaram de saber, a segunda foi por estar na contramão em uma rua pequena e bastante escura em Pasadena, Califórnia, durante a Copa do Mundo de 94. Estava com a família do Geraldo, meu irmão que morava no Texas. A van branca, que eu chamava de ambulância, era da esposa dele, mas quem estava ao volante era eu. De repente, não mais que de repente, aparece um carro da polícia na minha frente. O mesmo tipo de abordagem descrito acima, e no final o officer disse para o Geraldo:
- Você que mora aqui, diga para ele prestar mais atenção, e foi embora.
A terceira vez foi no verão americano de 1998. Eu fazia dois cursos de pós-graduação em Harvard Summer School, em Boston, na realidade (Harvard fica do outro lado do rio) na cidade de Cambridge, e morava há 4 horas de distância, na cidade de White Plains, há 25 minutos ao norte de Manhattan,New York city. Meu amigo é preciso ser jovem para se fazer uma maluquice dessas.
O Geraldo trabalhava naquele verão num projeto da Philips, um aparelho que usava a internet direto no aparelho de TV. Eu, nas segundas, quartas e sextas, deixava ele 7 da manhã no laboratório e dirigia para Boston, chegava lá 11 e tal, tinha aula apartir das 13 horas até 17. Voltava para casa e chegava às 23. Um belo dia dentro do campus da universidade, um guarda me parou por excesso de velocidade. Eu estava com a velocidade baixa, mas superior a permitida no local. Mesma abordagem. Mostrei o passaporte, a carteira de estudante de Harvard, o documento de aluguel do carro.
- Cadê a carteira de motorista ? Perguntou.
Não tinha, havia esquecido-a no Brasil. O Geraldo não sabia disso. Disse para o guarda que estava muito nervoso e que não conseguia encontrá-la, mas que tinha uma, pois ninguém aluga um carro sem uma driver's licence. Se ele acreditou ou não, vou morrer sem saber, mas depois de me repreender me liberou.
Em 1995, fui multado chegando no campus da Universidade de Miami, quando fazia o mestrado, fui multado por excesso de velocidade e enviado para a Corte. Fui orientado pelo Geraldo e pelo Vicente (que já havia morando vários anos nos States), para se declarar inocente, principalmente, se o policial autuante não estivesse presente. Fiz os meus cálculos deveria pagar um 200 doláres de multa, porque havia um valor fixo para cada km acima do máximo permitido.
Quando chegou a minha vez, uma promotora me acusava de excesso de velocidade e carteira válida do Brasil, mas vencida, o que era verdade. A juíza, uma loura jovem, bonita e de bem com a vida, fez um leve sinal com a mão mandando a promotora se calar, e me perguntou:
- Culpado ou não culpado ?
Vi que o policial não estava lá, mas não quis arriscar, fiquei no meio.
- Culpado, mas gostaria de dizer uma coisa.
-Diga.
- Mesmo na hora eu contestei o policial, dizendo que a velocidade que eu estava não era a que ele disse que era. Eu estava um pouco atrasado para fazer uma prova.
Na realidade, eu e ele sabíamos a minha velocidade, tinha um painel mostrando ela, na hora que ele me parou.
A juíza disse(acredite se quiser):
- Você pode pagar 50 dólares ?
- Sim.
-Então pague. Preste atenção na próxima vez, e não será anotado nada em seu prontuário ( que me prejudicaria na renovação mais barata do seguro do carro), next, disse chamado o próximo réu.
Sai dali feliz da vida. Paguei os 50 dólares com o cartão de crédito.
Teje preso
Em agosto de 1992, ao embargar para os States, um senhor amigo da família, em cuja casa da filha eu ficaria hospedado, me pediu para eu levar uma graninha para as meninas deles que moravam lá, nas redondezas de Washington, DC, na cidade de Rockville. Aí eu fiz outra maluquice. Ao invés de comprar uma passagem de Miami para Washington capital, decidi ir dirigindo. Quando era pouco mais de meia noite, depois de horas de estrada, decidi parar numa área de descanso para tomar um café, molhar o rosto e tirar água do joelho. Ao voltar para o carro descobri que ele estava fechado com a chave dentro, depois de muitas tentativas, percebi que não tinha outro jeito, teria de quebrar um vidro para abrir a porta do carro. É muito fácil, para quem sabe, abrir a porta de um carro com um pedaço de arame, eu já tinha visto isso, mas não havia ninguém por perto, exceto um sujeito que tinha, entre outras coisas, uma lata de tinta. A sorte é que o carro era pequeno da marca Mitsubishi, e tinha, atrás nas laterais, vidros pequenos, como o fusca tem na frente. Quebrei o vidro, os assentos ficaram cheios de estilhaços, limpei somente o meu assento e fui mimbora. Pouco depois da meia noite percebi desesperadamente que a gasolina estava na reserva, e sai da estrada, vi uma placa que anunciava o aeroporto de Fayetteville, na Carolina do Norte. Estou salvo, pensei. Ao chegar no local, aeroporto pequeno, mas bonito, como estacionamento lotado, não tinha uma viva alma. O aeroporto estava fechado. Comecei a gritar: Tem alguém aí ? Como não obtive resposta, pensei que não tinha jeito, teria de esperar o dia amanhecer e o posto de gasolina, que ficava na frente do aeroporto, abrir.
Decidi limpar o carro. Nisso, exatamente como nos filmes, aparece três carros da polícia com as sirenes tocando, eu no meio e os faróis me focando. Sai do carro uma loura me pontando um arma, me manda levantar as mãos. Me encostam no carro, eu falo alguma coisa, gritam mandando eu calar a boca, e me revistam. Um policial latino diz em espanhol para eu ficar calado. A revista começa, as mãos deles dessem pela minha perna.
- O que é isso ? Pergunta a policial.
- Tem algo aqui na perna dele, diz.
Dentro da meia, e amarrado as minhas pernas estavam os doláres. Nem pensei que poderia ser preso por não ter declarado o dinheiro na chegada, pois há uma pergunta sobre isso quando você chega na aduana. Lembram do casal da igreja Renascer que pegaram um ano de cadeia por não terem declarado o dinheiro que levavam ? A única coisa que pensava é que se ficassem com o dinheiro não me importaria, não era meu mesmo.
Eles me perguntaram quando entrei no país. Feio, barba de três meses, cara de latino, dinheiro escondido, com certeza, eu era traficante com o carro roubado.
Fui colocado algemado dentro do carro da polícia. Trouxeram cães para farejar o carro e o porta malas. Revistaram todo o carro, pelo rádio forneceram os meus dados, número de passaporte, etc.
Resumo da ópera: estava amanhecendo o dia, quando a loura e um outro policial me tiraram as algemas e disseram: encontramos dentro do seu carro o documento de aluguel, você hoje entrou legalmente no país, não há nenhuma acusação contra você. Mas por que você quebrou o vidro do carro ? Contei a minha história. Eles me levaram para a delegacia, estavam esperando amanhecer, colocaram todas as cédulas separadas por valores nominais em cima de uma mesa e disseram: "Confira se está tudo aqui." Fiquei conversando com uns cinco policiais, estavam bem simpáticos, fizeram várias perguntas: Como tinha conseguido aquele dinheiro? 14 mil dólares. E qual era minha profissão? Depois um pegou uma nota de 20 dólares e disse: "Você é louco!?. Nessa área você poderia ser morto por apenas esse valor." Ficamos lá trocando figurinhas. Finalmente a loura apareceu e me levou numa sala na presença de um sujeito. Um senhor de idade, muito sério, ela começou a narrar - com voz de quem fez uma grande besteira - o que tinha acontecido. Narrou exatamente ocorrido e disse que pensou que eu fosse isso e aquilo, mas que eles haviam se enganado. E ficou com a cara de menino que foi pego fazendo travessuras, esperando a sentença. O senhor me perguntou :
- Você confirma o que ela disse ?
- Yes.
- Você que registrar alguma queixa contra os policiais ?
- No.
-Você gostaria de dizer mais alguma coisa ?
- No. I'd like to go home.
- Então, you're all set. Estava livre para continuar a viagem.
A loura aliviada me disse: "Vou lhe levar ao posto mais próximo para você abastecer".
Ainda no aeroporto, depois que eles me liberam, e com a minha mala aberta, foi o único momento que tive medo. Eles comentaram sobre os três litros da cachaça Velho Barreiro que levava. Agora vão fazer comigo o que fizeram com Al Capone, pensei. A cachaça "ilegal" poderia servir de desculpa, mas do que o dinheiro, para me mandar para a cadeia. Na realidade eles queriam uma garrafa do liguor, como se referiam a bebida. Mas desconversei, elas eram uma encomenda do meu anfitrião, que era americano, mas adorava uma caipirinha.
Bill, médico americano, gostava tanto de caipirinha, que quando preparou um jarra,bebeu e nem me ofereceu. A esposa dele, Miriam, percebeu e disse: "Serve um pouco para o Cláudio". Ele respondeu: "Não, aqui a quantidade é limitada, ele toma lá em Manaus."
No parque aquático
As nossas crianças adoram água. Então nada mais apropriado do que um parque aquático. O Wet n' Wild de Orlando estava uma pechincha: "Pague um e use por 14 dias." Comprei os ingressos e estacionei por $10 dólares. Quando voltei pela segunda vez pensei: com várias lojas e estacionamentos na frente desse parque, porque é que vou pagar 10 dólares ? Parei na frente do parque, mudei de pista e estacionei ao lado do restaurante fast food de frango frito KFC. Atravessei a rua e fui curtir as águas e piscinas e tobogans do parque. Depois de estar lá dentro por umas quatro horas, saí para dar uma olhada na nossa van. Quem disse que ela estava lá ? Necas de pitibiribas. Que grego antigo significa "levaram o teu carro."
O susto só não foi maior porque eu sabia o que havia acontecido. Em 1995 já havia passado por isso no aeroporto de Miami, o meu carro foi guinchado. Fui até o gerente do KFC e perguntei:
- Cadê a minha van ?
- Levaram, está aqui o número do telefone do Black Jack, a empresa que levou o seu carro.
Fiquei atordoado, mas dei sorte. Estacionado na frente do parque tinha um taxi, cujo motorista, um venezuelano, dizia odiar os caras e prometeu me ajudar. Ligou para eles, pegou a direção, calibrou o GPS e me levou lá. Fomos conversando sobre o Hugo Chaves, isso ajudou a me acalmar. Eu já sabia como seria: pagaria e o carro seria liberado. Agora se e-leitor deseja saber se isso tem alguma coisa a ver como o Detran (deles) a resposta é não. Quando voltei ao parque em um outro dia, eles estavam guinchando um carro com a placa de Quèbec, Canadá.
Cheguei no local, um fundo de quintal, com um escritório de madeira, paguei 100 dólares e levei o carro. Essa brincadeira me custou mais 30 dólares de taxí.
Agora é que não poderia mais pagar estacionamento. Não iria para o parque por quatorze dias, porque ninguém aguenta, mas voltaria umas duas ou três vezes intercaladamente. A solução do estacionamento grátis veio do hotel localizado detrás do KFC, lá não tinha problema, ninguém controlava os carros estacionados. Como é que sei ? Porque era o mesmo nome do meu hotel, só que nós estávamos em Kissimmee, e esse era em Orlando, eu sabia que não havia controle dos carros estacionados.
O quadro do hotel
Por uma semana mudamos de hotel. Fizemos um upgrade. Fomos para hotel de bacanas. Na realidade, um sujeito legal, um brother, me permitiu fazer uma reserva de hotel no time share que ele é sócio. Já tínhamos sentido o gostinho de ficar num outro resort cinco estrelas, numa villa. Amigos que estavam num Sheraton com três quartos foram embora antes, e me ligaram oferecendo o restante da estadia. Era quinta-feira: "Vem dormir aqui, amanhã vamos embora e está pago até sábado.", disse a dra. Otília.
Para fazer a reserva precisa da senha do sócio e o pagamento de uma pequena taxa extra,mas o preço é enormemente menor para associados. Entramos no sábado 22 de janeiro e ficamos até 29. No nosso terceiro dia, ao triscar, repito triscar, o meu ombro em um quadro na parede, ele caiu no chão e quebrou o vidro e a moldura. Agora eu me dei mal, pensei. Vou pagar uns $300 por um quadro novo. Ficamos dias matutando a solução. Uma delas seria, como fariam os americanos: peitar o hotel,ameaçar processá-los, pois isso poderia ter feito um estrago em algum dos meus filhos. Plano B: comprar um novo quadro e substitui-lo. Será que eles perceberiam. O Plano C não pode ser dito aqui. O Plano D era comprar uma nova moldura e montar um novo quadro. Mas esse era grande, tinha 1m x 50 cm, portanto era caro.
Saímos em busca de uma moldura igual, só encontramos molduras caras. A moldura do quadro era bonita e cara. Até que encontrei uma de cento e tal, mas estava na promoção, pagando somente, pouco mais de $50. Na hora de pagar teve mais um desconto de 10 doláres. Aí começou a fase mais difícil, montar o novo quadro. Tive de usar a criatividade. A moldura comprada, era muito bonita, mas era 10 cm mais estreita, ainda havia um paspatu (aquele papelão em branco) em volta da gravura. A montagem está registrada em vídeo. Tá lá. Havia de cinco a seis quadros no apartamento, será que vão perceber a diferença ?
Enquanto esperávamos para entrar no hotel, pois o check in era às 16:00 horas, aproveitamos também fazer uma visita a natureza. Fizemos um passeio de americano, passamos uma manhã, bastante fria por sinal, no parque público, mas que se paga por carro, chamado Bill Frederick Park and Pool. Um parque grande, lindo, na beira do lago Turkey, onde há avisos da existências de crocodilos. Foi uma manhã muito boa.
Falando em manhãs frias, também tivemos tardes quentes e secas. Passamos por calor e frio na mesma semana, com chuvas de vez em quando. Fizemos outro programa de residente, fomos ao Orlando Science Center, onde o cinema Dr. Philips CineDome é simplesmente fantástico. A tela é gigante, como 8 mil pés quadrado, ou 2438,4 metros quadrados. Se a tela fosse quadrada, isso daria uma tela de mais de 49 metros de altura por 49 de largura. Como ela é retangular se tiver uns 10 metros de altura, terá 244 metros de largura. Já viram que a tela é enorme. Não é só isso, ela é curva. Na verdade, ela é côncava. Pegue uma laranja e corte ao meio, tire todo o conteúdo, deixe só a casca, agora corte ao meio, na horizontal, assim é a tela, como 1/4 de uma esfera. Não é necessário uso de óculos especiais para você se sentir em 3D. O que assistimos foi sobre as ondas gigantes do Tahiti, a sensação era que iriamos ser cobertos por ela. Era de uma realidade impressionante. Fiquei na primeira fila, e como a tela começa alguns metros abaixo, e as cadeiras são bastante verticais, a sensação era que ia cair no mar. A sensação é tão real, que um locutor avisa que você pode sentir mal estar.
Gasparilla
Outro ponto alto da nossa viagem foi a festa Gasparilha em Tampa, na costa oeste da Flórida. Se esse post já não tivesse muito longo, eu contaria a origem da festa, que começa com um desfile naval, com vários iates e o navio madrinha, um navio de piratas. Seguida de uma longa parada de "carros alegóricos" por algumas avenidas. Os ocupantes dos carros estão todos fantasiados. A população comparece em massa. Quantas pessoas estavam nas ruas 100, 200 ou 300 mil ? Não sei. O que movimenta a festa, é que os carros jogam colares com pedras coloridas, a brincadeira é quem pega mais. Creio que são mais de um milhão de colares, porque todo mundo sai com vários, os nossos foram mais de 50 e viajaram com a gente.
Semana passada o programa Flash de Amauri Jr. mostrou a festa. E se você chegar até ali, ande mais um pouco e vá até a cidade de Clearwater Beach. A praia e a avenida litorânea apresentam um visual muito bonito. Na realidade, o caminho de Tampa para Clearwater sobre o mar é muito bonito.
Dicas
Eu nunca vi preço de hotel tão barato nos Estados Unidos com encontrei desta vez. É verdade que fui um pouco depois do fim do break natalino dos americanos, mas ainda assim, desde que fui lá a primeira vez em 1986, nunca tinha encontrado hotéis tão baratos. Seria a crise? Com preços em conta e o real forte, Orlando estava entupido de brasileiros. Até nosso hotel que não ficava na região mais procurada pelos brasileiros, rua International drive, estava cheio deles. A dica ? O site http://www.budgethotels.com/, que apesar de ser inglês, se você quiser ele dá os valores em reais e ordena os valores do menor para o maior, e o site http://www.agoda.com/. A outra dica é para quem vai de carro de Miami para Orlando, não vá pela Turnpike (Ronald Regan), apesar de ir mais direto, cobra muito pedágio. Vá pela I95 que é free. Essa é a dica ? Não. Vá pela I95 e quando chegar em Vero Beach, saída 147, encostado tem o Vero Fashion Outlets LLC (http://www.verobeachoutlets.com/). Para quem gosta de roupas de marcas a preço de banana, o local é lá. Tenho uma revista que recomenda os outlets Prime e Premium (lojas de fábrica) de Miami e Orlando, que vendem mais de 50% barato do que no Brasil, e estavam entupidos de brasileiros felizes como pinto em merda, mas os preços de Vero Beach é (são) brincadeira. Não se assuste, lá tem umas 50 lojas e não tem ninguém, com meia dúzia de carros no estacionamento. Fomos de Melbourne (há 40 minutos) onde a minha sobrinha, Mariana - linda anfitriã, que nos levou a Cocoa Beach - mora e faz mestrado na Florida Institute of Technolgy, fui levado pela mãe dela, Ozzy Newhouse. A princípio duvidei, mas chegando lá, não acreditei no que vi.
E para quem vai a missa mesmo nas férias, achamos a basílica santuário nacional Mary, Queen of the Universe (http://www.maryqueenoftheuniverse.org/) A basílica é linda, enorme e moderna. Nascida do trabalho pastoral de um padre que celebrava para turistas nos hotéis. O santo e o profano ficam lado a lado. O Santuário fica ao lado do Orlando Premium Outlet e apenas algumas quadras do Lake Buena Vista Factory Stores (lojas de fábricas).
Foram momentos muito bons, boas lembranças para toda vida, pena que acabou.

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