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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O Vale do Jaraqui

Dia 20 de novembro último tive uma grata surpresa ao assistir a palestra do reitor da Universidade do Estado do Amazonas, UEA, prof. Cleinaldo Costa, na Oitava Feira Internacional da Amazônia, que bienalmente é realizada pela Suframa. 
A apresentação do reitor deu-se no seminário Inovação Tecnológica e Competitividade:  A Diversificação da Matriz Econômica para o Futuro da Amazônia Brasileira, patrocinado pela SEPLAN-CTI, Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação. Diversificação da nossa matriz econômica é um tema que sempre me atrai. 
Este ano já havia participado de dois seminários onde esse assunto havia sido abordado: um na FIEAM e outro na AFEAM. No primeiro, o palestrante sobre esse assunto foi Alfredo Lopes, filósofo, jornalista, escritor e assessor para assuntos estratégicos da Confederação das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM); e editor da coluna Follow Up do Jornal do Commércio, onde debate assuntos relacionados com a Zona Franca de Manaus. No segundo seminário, eu fui a convite dele. 

Por dentro do assunto
O reitor começou a falar de coisas que não acreditei que estava ouvindo: hélice tríplice, sistema regional de inovação, parques tecnológicos e interação academia-indústria-governo. De repente um sentimento de esperança se apossou sobre mim. É a primeira vez, em Manaus, que ouço alguém abordar esses conceitos e dizer que vai aplicá-los. Conceitos sobre os quais já escrevi várias vezes nesse blog. A única vez que havia visto alguém mencionar rapidamente um desses conceitos foi professor Admilton Salazar, na Semana de Economia da UFAM, creio que em 2011, quando eu era professor naquele departamento. Na ocasião o  titular do CT-PIM, falou sobre clusters industriais. Mas falou da forma que aprendi; não da forma que se diz por aí: juntou um punhado de indústrias, virou um cluster. Isso é uma aglomeração industrial, não um cluster. Neste último a interação entre academia, indústria e governo é fortíssima. 
O reitor ia falando, e eu pensando cá com os meus botões: ele sabe do que está falando. E ele é médico. Onde foi que ele aprendeu sobre isso? Mas a surpresa não parou aí. Não foram somente os conceitos que me chamaram a atenção, mas a proposta que ele lançou.

Sistema Regional de Inovação
No 5 de fevereiro de 2015, Alfredo Lopes publicou na sua coluna semanal no Jornal do Comércio, Follow Up, uma conversa que tivemos  sobre inovação na ZFM (http://www.cieam.com.br/?n=2734). Gostaria de colocar aqui a primeira pergunta, e parte da resposta:

1. FUp - As entidades do polo industrial acabam de inaugurar um acordo com a UEA, mediada pela FAPEAM, para achar caminhos conjuntos entre economia e academia. Que sugestões você daria a esses atores à luz do debate para os próximos 20, 30, 50 anos?

Cláudio - ... (terceiro parágrafo) O nome do jogo chama-se interação. Nos últimos vinte anos sugiram várias teorias – muitas já tiveram a sua aplicação comprovada – buscando o desenvolvimento regional por meio da inovação em várias áreas do conhecimento. Menciono aqui três: sistema regional de inovação, clusters industriais ou tecnológico baseado no conhecimento e hélice tríplice. Todas têm um axioma em comum: a interação entre governo-academia-indústria é a pedra fundamental para o desenvolvimento regional provocado pela inovação... 
O reitor fez o dever de casa. Sabia do que estava falando.

UEA.TEC
O grande anúncio do prof. Cleinaldo Costa foi a inauguração, em agosto de 2016, da UEA.TEC, ou Parque Tecnológico da UEA, inspirado no modelo novo, mas bem sucedido da UPTEC (click para abrir a homepage), da Universidade do Porto, Portugal, criado em 2007.
Prof. Cleinaldo Costa - reitor da UEA
No seminário, os números apresentados pelo professor José Novais Barbosa, presidente do UPTEC, chamaram a atenção. 
O reitor está correto. Esqueçam o Vale do Silício. Vamos em busca do nosso " Vale do Jaraqui", como ele denominou o nosso possível sistema regional de inovação.
Nesse blog sempre defendemos que devemos observar economias mais similares com a nossa. Como a zona franca de Barcelona, algumas áreas da Índia, os parques tecnológicos na Finlândia (que aqui foram apresentados na  VI FIAM de 2011 - ( veja A Zona Franca Acabou) e Irlanda, para mencionar alguns.
Segundo o professor Cleinaldo Costa:  “Não vamos esperar um prédio bonito ou algo do tipo. Vamos inaugurar o parque tecnológico e depois, à medida que crescermos, faremos adaptações, reformas, o que for necessário. Tem que ser assim, senão no futuro ainda vamos estar discutindo como seria importante ter um Parque Tecnológico no Amazonas.”

A Nova UEA
Em 17 novembro de 2011 escrevi o texto "A Nova UEA e seu Science Park" que ainda está salvo como rascunho, mas nunca foi publicado. No que o faço agora. Veja também o post UEA Forte. A Melhor do Norte (click para abrir)

Desde que li pela primeira vez que o governador Omar Aziz tenciona construir um novo campus para UEA, comecei a escrever sobre isso. Na realidade, desde 17.11.11 coloquei esse título, como um lembrete no rascunho do blog,para escrever um post sobre o novo campus e os chamados university research parks - existentes em universidades americanas, canadenses e em diversos países - e o Polo Industrial de Manaus. Ou seja, a nova UEA e o seu Science Park, que não existe, mas deveria existir, e a inovação no PIM.
Embora tivesse deixado de lado um pouco esse blog por falta de tempo, estava esperando uma melhor oportunidade para abordar o assunto, e acredito que ela chegou, motivado por alguns textos lidos nos últimos meses. Um deles é uma matéria no jornal Em Tempo de 11.03.12, página C6 com título "Cidade Universitária vai começar a sair do papel", onde aparece uma declaração interessante do reitor da UEA, professor José Aldemir de Oliveira.

Centro de Ensino mais Importante do Brasil (escrito por Lucas Prata, para o jornal Em Tempo)

O reitor da Universidade do Estado do Amazonas, José Aldemir de Oliveira, afirmou que o novo projeto idealizado pelo governo do Estado,vai se consolidar como uma das instituições de ensino mais importante do Brasil.  “A educação para o ensino superior vai melhorar muito com essa nova estrutura. Isso vai melhorar a qualidade da pesquisa. Hoje a UEA oferece 62 cursos em diversas áreas, que podem ser ampliadas, por meio uma discussão com a sociedade.Outro ponto positivo é que vamos poder concentrar as atividades em um só lugar,” ressalta. No projeto está previsto a construção de um hospital universitário, onde os estudantes da área de saúde (medicina, odontologia e enfermagem) terão aulas teóricas e práticas, além da ampliação do parque tecnológico e reforço no investimento em pesquisa e inovação.

Prezado e-leitor, preste atenção nas keywords : "uma das instituições de ensino mais importante do Brasil"; "vai melhorar a qualidade da pesquisa"; "ampliação do parque tecnológico e o reforço no investimento em pesquisa e inovação". Isso é música aos nossos ouvidos.

Contudo, o texto não é claro a que parque tecnológico o reitor está se referindo. Seria o PIM, ou algum outro a ser criado ? Seja qual for a resposta a notícia é boa. No que nos deixa bastante esperançosos, pois como está escrito no post iPIM, o Parque Tecnológico de Manaus (click para abrir) o futuro do PIM passar pela interação que terá com a academia.

Cidade Universitária

Dia 12 de julho [2012] deste ano, o governador " Omar Aziz apresenta a Cidade Universitária à População", matéria do jornal Em Tempo assinada por Henrique Xavier:

Numa solenidade que reuniu autoridades, populares e a imprensa, o governador Omar Aziz lançou nesta quinta-feira (12) o projeto da Cidade Universitária, que deverá ser construída no município de Iranduba, a 27 quilômetros em linha reta de Manaus. 
Contando com uma área de aproximadamente 13 milhões de metros quadrados, a Cidade Universitária custará aos cofres públicos algo em torno de R$ 300 milhões.

Sem desejar ser chato, mas contentíssimo com a notícia, não posso deixar de mencionar que nenhuma instituição acadêmica se torna em um dos "centros de ensino mais importante do Brasil", somente por ter boas ou até excelentes instalações prediais. Ponto. Mas sim pela qualidade da sua produção científica, pela produção do conhecimento; e por aí vai.

Em 24 de maio de 2012, o novo campus é mencionado no jornal A Crítica, caderno C5, na matéria assinada por Antônio Ximenes com o título de "Nova UEA está em Gestação", o autor cita o professor Ennio Candotti, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC): "Não podemos pensar a cidade universitária em Iranduba, apenas como um conjunto de prédios, mas como um centro de saber da Amazônia."
E obviamente, o reitor da UEA tem plena consciência disto. Porquanto, a notícia é muito boa, o que nos leva a sonhar, que a nossa universidade estadual, terá o seu centro de pesquisa e inovação (???). As universidades de língua inglesa o chamam de university research park.

University Research Park ou Science Park

Association of University Research Parks, AURP (click para abrir sua homepage), define "parque universitário de pesquisa" como uma área de pesquisa e desenvolvimento criada em colaboração com, e em estreita proximidade a, um centro de ensino superior, afim de que  a indústria possa capitalizar  a pesquisa acadêmica, para que empregos sejam criados localmente, e para a instituição acadêmica possa gerar renda. Espera-se que a tecnologia não seja apenas a transferida, mas que a academia tome conhecimento de métodos de negócios"  (o sublinhado é nosso).
É uma área com uma coleção de edifícios dedicados à investigação científica com um  pé nos negócios. Isto é, a pesquisa é materializada e comercializada.  Existem muitos sinônimos aproximados para os também chamados "science park" incluindo research park, technology park, technopolis e biomedical park ou life science park. O nome é dado dependendo da área do conhecimento que  em que  pesquisa é predominante. Por exemplo, a Universidade de Miami está implantando o seu Life Science and Technology Park (http://www.umlsp.com). O UMLSP vai "oferecer instalações, infraestrutura e oportunidades interdisciplinares para fomentar o desenvolvimento das ciências da vida, tecnologias e inovações biotecnológicas". Seu objetivo "é  proporcionar instalações de primeira classe em um  parque urbano, a fim de promover a pesquisa, inspirar a colaboração entre a Universidade e  empreendimentos públicos e privados, gerar benefícios econômicos para a comunidade local e trazer significativos avanços médicos e tecnológicos para o mundo."
Dito isto, voltamos a nossa universidade: Como é que a UEA vai se consolidar como uma das instituições de ensino mais importante do Brasil ?
Continuemos com as definições:
Estes parques diferem dos típicos distritos de alta tecnologia, porque eles  e similares são mais organizados, planejados e gerenciados. Eles diferem de centros de ciência por se preocuparem com a evolução da ciência e da tecnologia. Normalmente, empresas e organizações têm foco  no avanço do produto e na inovação, em oposição aos parques industriais que se concentram em fabricação e parques empresariais com foco em administração.
Além de instalações prediais, estes parques oferecem uma série de recursos compartilhados, como fonte de energia ininterrupta, hubs de telecomunicações, recepção e segurança, gestão de escritórios, restaurantes, agências bancárias, centro de convenções, estacionamento, instalações internas de transporte, entretenimento e esportes, etc. Desta forma, o parque oferece vantagens consideráveis ​​para as empresas hospedadas, reduzindo os custos indiretos com instalações.
O primeiro University Research Park do mundo começou no início de 1950 perto da Stanford University, e prenunciou toda a área de inovação tecnológica hoje conhecida como Vale do Silício.
Os parques também são grandes propiciadores de condições necessárias para startup de empresas, isto é, criação de novas empresas, geralmente pequenas ou de médio porte por meio de incubadoras.
Podemos citar vários exemplos de parques tecnológicos ligados a universidades. Alguns já estão em plena atividade há muitas décadas, mas a criação de parques tecnológicos ligados a uma universidade tem acelerado muito nos últimos tempos. Nos Estados Unidos, Europa e Japão toda universidade que se considera de prestígio, se não tinha um parque está procurando criá-lo.

O texto de 2011 está incompleto e acaba aqui. Então vamos terminá-lo.

SRP x SRI
Eu tive o prazer de encontrar pessoalmente alguns criadores do conceito de Hélice Tríplice - uma referência a hélice dupla de DNA - em Ottawa em 2004, na Sétima Conferência Global sobre Clusters. Encontro promovido anualmente pelo TCI  (click em cima para abrir), The Competitiveness Institute. O maior expoente no Brasil sobre Hélice Tríplice é o prof. José Manoel de Mello, com quem aprendi sobre o assunto na UFRJ.
Mas foi na conferência de Ottawa, que conheci três dos pais do conceitos de Sistema Regional de Inovação (SRI), os canadenses, Roger Voyer, Gilles Paquet e John De Mothe, da Universidade de Ottawa. Roger Voyer deveria expor suas ideias - entre elas como tornar o PIM mais competitivo - na III FIAM, em 2006. Mas quando ia embarcando em Ottawa, foi informado que não conseguiriam chegar a tempo em Manaus, porque o aeroporto de Miami estava fechado devido a ameaça de um tornado.
Em se tratando de um país de regiões tão diferentes como o nosso; e considerando o nosso parque industrial, achei na teoria do SRI as respostas que precisávamos. Como usar um Sistema Nacional de Inovação (SNI) único nos Estados de São Paulo e Piauí ?
E o reitor, que deve está muito bem assessorado e informado, ao afirmar: " O plano é mudar a matriz econômica de um sistema regional de produção [SRP] para um sistema regional de inovação [SRI]." Como isso não pode ser música aos meus ouvidos ?

No texto, de 18 de março de 2012,  iPIM, o Parque Tecnológico de Manaus (click em cima para abri-lo) havia escrito: " Não sejamos ingratos com as empresas aqui instaladas, e que nos propiciaram o padrão que hoje temos. Estamos falando de termos novas empresas, as chamadas empresas inovadoras, para sairmos de um sistema regional de produção para um sistema regional de inovação. O que ficou claro nos excertos citados é a necessidade de sermos inovadores, e para tal precisamos de um novo parque industrial, nós precisamos de um science ou technology park, precisamos criar o Parque Tecnológico de Manaus.

Sistemas Regionais de Produção (SRP) são concentrações locais de empresas produtivas baseadas na disponibilidade de algum recurso natural, (no nosso caso em incentivos fiscais, em vantagens comparativas)  mão-de-obra barata e mercados consumidores importantes. A partir do final da década de 80 e, mais precisamente, início dos anos 90, um nova literatura emerge sobre Sistemas Regionais de Inovação (SRI), composto de aglomeração de indústrias e instituições voltadas para a inovação e aprimoramento da tecnologia. Esse tipo de empresa costuma usar poucos recursos naturais, demanda mão-de-obra especializadíssima, e são menos dependentes dos mercados locais, porque os seus produtos, de elevado valor agregado, geralmente, são transportados por todo o mundo de maneira fácil e econômica.


UEA.TEC - continuação

Quais seriam os objetivos da UEA.TEC ? A resposta mais geral que posso imaginar é que ele servirá para transferir a produção científica para a linha de produção. Isto é, a materialização do conhecimento. E a comercialização dele. Outro dia, em uma desses encontros, alguém disse: quanto conhecimento produzido no INPA (isso no passado, obviamente) estão apenas em teses de mestrados e doutorados.
No dia anterior a palestra do reitor, um professor da Ngee Ann Polytechnic, uma universidade de Cingapura, deu-nos uma aula sobre isso. De forma direta, ele deixou bem claro que conhecimento tem de virar dinheiro, ao mesmo tempo em que cumpre o seu papel social.
"Falar em dinheiro na universidade era como falar palavrão na igreja. E a universidade ainda se comportava como o sacerdote que ficava falando latim, de costas para as empresas. Por isso, costumamos reforçar e declarar que é permitido ganhar dinheiro eticamente na universidade, revogam-se as disposições em contrário”, decretou o magnífico em sua palestra.
Mas considerando o tamanho do nosso parque industrial, onde as empresas aqui instaladas não trouxeram seu laboratórios de P&D; oxalá o UEA.TEC seja um indutor para que esse processo de criação no nosso PIM seja estimulado.
A UPTEC na qual a UEA faz benchmark tem quatro polos temáticos: o Polo Tecnológico, o Polo das Indústrias Criativas, o Polo do Mar e o Polo de Biotecnologia. A UEA.TEC, segundo o prof. Cleinaldo Costa enforcará projetos nas áreas de CT&I, biotecnologia, bioeconomia, bem estar e saúde e turismo.

Concluindo
Agora sim. Com escopo de se tornar uma universidade de qualidade e subir no ranking, a UEA não busca somente melhorar suas instalações prediais, mas busca se aprimorar na qualidade do ensino e da pesquisa. "158 professores estão fazendo doutorado, e em breve teremos mestrado em administração com ênfase em empreendedorismo ministrado pela FEA-USP", afirma o reitor. É assim que se aumenta a hélice-academia. No momento as nossas hélices  são altamente assimétricas.
Somos abençoados. Temos uma hélice-indústria gigante. E para citar novamente palavras do reitor: " uma tesoura precisa de duas partes trabalhando em conjunto para funcionar." Mais o parafuso-governo cooperando nessa união.
Somos abençoados, temos mais de 500 indústrias. A Universidade da Flórida, em Gainesville, decidiu, há alguns poucos anos, criar o seu parque tecnológico. Na realidade, decidiram que serão um dia o novo Vale do Silício. O que é que eles têm além de uma vontade enorme ? Uma universidade de ponta e uma incubadora em biotecnologia (tema do próximo post; na qual aconselharia ao reitor fazer uma visita) considerada uma das melhores do mundo. E o que mais ? Gainesville é uma cidade com menos de 130 mil habitantes; onde o maior empregador é a própria universidade, seguida pelo Walmart.
Uma universidade melhora quando tem laboratórios mais bem equipados, como afirma seu titular; e quebra uma barreira e dar exemplo quando cria um parque tecnológico, mesmo que seu início seja modesto. Mas que fatalmente deverá incrementar a pesquisa na Universidade e/ou em parceria com empresas do PIM. O que é muito importante para a sobrevivência de nossa economia. Não podemos nos apoiar somente em vantagens comparativas, busquemos vantagens competitivas.
Só me resta torcer que em uma ou duas décadas o UEA.TEC produza frutos significativos, que, como disse o reitor, influencie no nosso PIB. 
Como já fiz em outro texto com relação a Suframa, conclamo a todos a apoiarem essa iniciativa; pois os ganhos serão para todos. Um dia o atual reitor sairá do cargo, mas as nossas demandas continuarão. Com escrevi anteriormente, os políticos com cargos eletivos devem ser os primeiros apoiarem esse empreendimento, seguido das associações das classes industriais, e toda a comunidade.
O UEA.TEC é a nossa segunda semente que, se produzir frutos, poderá mudar o perfil de nossa economia. A primeira foi o CBA, plantado em solo rochoso. Que o UEA.TEC seja como uma semente de mostarda, " o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, depois de ter crescido, é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e aninham nos seus ramos."
Que assim seja ! Amém.

Cláudio Nogueira



PS1. Gostaria de fazer um comentário sobre o Jaraqui. O reitor sem saber ao chamar de Vale do Jaraqui a um futuro sistema de inovação no Amazonas, acabou fazendo uma homenagem a cientistas do INPA e da UFAM que na primeira metade dos anos 80 se reuniam, aos sábados, na Praça da Polícia para levar ao povo seus conhecimentos e ideias. Era o  Projeto Jaraqui. Lá o professor doutor em química da UFAM, Raimundinho Muriru, demonstrava como a planta, cujo nome foi popularmente anexado ao seu, gerava gás e produzia fogo. Explicava que esse processo era muito usado na China. Ou defendia que os gases que saíssem das fossas fossem usados para também produzir energia nas cidades mais pobres do interior. No que provocou dúvidas na cabeça do ex-vereador Vinicius Conrado (homenageado com nome de hospital em Eirunepé). A conclusão que chegou é que quanto mais excremento mais gás. Diante de tal dúvida, pronunciou a sua declaração antológica, que esse escriba ouviu, em plena praça, com esses olhos que a terra há de comer: " No dia que merda for dinheiro, pobre nasce sem ...."  [censurado]

PS2. Outros post que já abordaram esse assunto:

UEA Forte. A Melhor do Norte

http://nogueiraclaudio.blogspot.com.br/2011/06/uea-forte-melhor-do-norte.html

O Futuro da Zona Franca de Manaus 

http://nogueiraclaudio.blogspot.com.br/2015/03/o-futuro-da-zona-franca-de-manaus.html


Polo Industrial de Manaus, para onde estamos indo ? 

http://nogueiraclaudio.blogspot.com.br/2014/01/polo-industrial-de-manaus-para-onde.html

De Distrito Industrial a Cluster de Base Tecnológica

http://nogueiraclaudio.blogspot.com.br/2012/05/de-distrito-industrial-cluster-de-base.html

iPIM, o Parque Tecnológico de Manaus

http://nogueiraclaudio.blogspot.com.br/2012/03/parque-tecnologico-de-manaus-ptm.html

A ZFM Acabou

http://nogueiraclaudio.blogspot.com.br/2011/11/zfm-acabou.html

ZFM: Velha aos 44 anos

http://nogueiraclaudio.blogspot.com.br/2011/06/zfm-velha-aos-44-anos.html

Um Novo PIM

http://nogueiraclaudio.blogspot.com.br/2011/01/um-novo-pim.html

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