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terça-feira, 1 de junho de 2010

Inovação no Amazonas desperta debates na capital federal

Brasília-DF - Há um consenso de que o Amazonas ampliou de forma significativa a capacidade de fazer ciência e acumulou aprendizados no uso e adaptação de tecnologias. No entanto, na visão de especialistas, ainda existe um trajeto longo a percorrer para inovar mais em nível local.
Foi nesse sentido que um grupo, formado por pesquisadores e representantes institucionais e do setor produtivo, discutiu propostas para o fortalecimento da inovação no Amazonas, na última sexta-feira (28/05), em Brasília, durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI).

Com o tema “Os desafios para a inovação no Amazonas”, o coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Inovação (Nepi) da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi),[dr.] Guajarino Araújo, abordou os principais entraves e possíveis saídas para o desenvolvimento desse cenário no Amazonas. “A partir de uma perspectiva particular da dinâmica da inovação no Estado do Amazonas, o objetivo é sugerir oportunidades de fortalecimento para o sistema local de inovação”, explicou.
Em sua apresentação, Araújo mostrou que, no Amazonas, ainda não há parques tecnológicos, e que é preciso ainda mais investimentos em empreendedorismo de base tecnológica. “É importante também que haja a criação da cultura do empreendedorismo de base tecnológica”, frisou.
Avanços
Nesse sentido, ele apontou o Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa em Micro e Pequenas Empresas (Pappe Subvenção/Finep Amazonas) e o Programa Integrado de Pesquisa e Inovação Tecnológica (Pipt), ambos com apoio financeiro da FAPEAM, como exemplos para o impulso no empreendedorismo com base tecnológica.

“No caso do Pappe, há projetos interessantíssimos que são absolutamente diferentes. Ao acompanhar algumas empresas, fica aquela percepção de que mais empresas poderiam ser incentivadas. Uma aceleração desse processo poderia ocorrer caso existissem mais programas voltados para inovação; uma concepção programática”, disse.
Apesar dos desafios para a inovação no Amazonas, [Guajarino] Araújo frisou que o Estado está bem mais avançado do que há 10 anos. “A criação da FAPEAM e da Sect (Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia) promoveram, efetivamente, uma mudança radical na trajetória do Estado”, afirmou, destacando a importância da continuidade evolutiva dessas instituições para assegurar os recursos e autonomia financeira nos projetos.
Na avaliação do diretor-presidente da Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FADB), José Seráfico, a inovação é fundamental e estratégica para a continuidade do processo econômico do Amazonas. “Se há alguma região em que a inovação possa ser feita com muito mais ênfase, com mais oportunidade de sucesso, é exatamente a Amazônia, onde muita coisa tem que ser descoberta e tem que ser inventada”, frisou.
Para tanto, Seráfico alerta que é preciso haver o compromisso dos agentes públicos e privados para formulação de políticas que favoreçam esse clima de inovação.

Propostas
Dentre as sugestões para impulsionar a inovação no Estado, Araújo apontou a avaliação do Sistema Local de Inovação (SLI), que consiste num esforço de cooperação envolvendo Suframa, FAPEAM, Sect-AM, Fucapi, Sebrae e Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), com intenção de impacto nas agendas.
No próximo dia 7 de junho, às 16h30, está prevista a assinatura do Convênio de Cooperação Técnica entre essas entidades, que terá a Fucapi como órgão executor do projeto baseado na metodologia da instituição tecnológica alemã, VDI-VDE, responsável pela avaliação de sistemas de inovação de 15 países.
“Além do diagnóstico e avaliação dos indicadores, um dos principais resultados dessa metodologia é uma matriz de intervenção, pois divide o sistema em vários indicadores e em várias dimensões. Ao final, é gerado um portfólio com o impacto da intervenção e o esforço necessário para isso, ou seja, focaliza-se apenas naquilo que proporciona resultados”, explicou.

Após a conclusão do diagnóstico sobre o que [Guajarino] Araújo chama de Sistema Manaus de Inovação, a ideia é de futuramente aplicar a metodologia alemã em outros Estados da Amazônia.

Propostas para alavancar a inovação no AMAZONAS:
1.Desenvolver uma agenda estadual para a inovação, comprometida com as prioridades do desenvolvimento econômico;
2. Avaliar o SLI: esforço de cooperação envolvendo Suframa, FAPEAM, Fucapi, Sebrae, Cieam e Sect, com intenção de impacto nas agendas;
3. Avançar da inovação incremental para a radical (empreendedorismo de base tecnológica em larga escala);
4. Inserir o setor produtivo (desmistificação da inovação, aprendizado em gestão da inovação, transferência x agenda de pesquisa);
5. Promover a continuidade evolutiva (assegurar incrementos de performance nas instituições, a partir de desempenhos já alcançados, com continuidade de recursos, autonomia financeira, condução participativa, adoção de mecanismos de avaliação e geração de indicadores).

Fonte: Agência Fapeam

Pâmela Cristina Garcez Teixeira.
Programa Radar de Oportunidades - Inovação Empresarial
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Ciência e Tecnologia a Serviço da Sociedade - Inovar para Preservar

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